Terça-feira, 11 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de setembro de 2018
O Monitor do PIB (Produto Interno Bruto), divulgado nesta quarta-feira (19) pela FGV (Fundação Getulio Vargas), aponta, na série com ajuste sazonal, crescimento de 0,4% da atividade econômica brasileira em julho na comparação com junho.
Na variação trimestral móvel (maio-junho-julho em relação ao trimestre anterior), entretanto, a economia apresentou retração de 0,5%. Na comparação interanual, a atividade econômica apresentou resultados positivos com crescimento de 2,2% no mês e de 0,5% no trimestre.
“Os resultados de julho apontam, no geral, para uma melhora da atividade econômica e, embora as taxas trimestrais móveis, com e sem ajuste sazonal, tenham apresentado desaceleração, esse resultado ainda é reflexo da greve dos caminhoneiros do mês de maio que, de certa forma, ainda contamina os números desse trimestre. Na comparação mensal, tanto as três grandes atividades econômicas quanto os componentes da demanda apresentaram crescimento com relação ao resultado de junho, o que corrobora a trajetória de lenta retomada da economia”, afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB FGV.
Grupos
Na indústria, a queda foi influenciada por recuos de 2,8% na indústria da transformação, 1,3% na construção e 0,8% na extrativa mineral. O segmento de eletricidade cresceu 0,6%. Nos serviços, houve quedas de 1,2% no comércio, 3,6% nos transportes, 0,7% em outros serviços e 0,1% em administração pública. Por outro lado, cresceram os segmentos de informação (0,8%), intermediação financeira (0,5%) e imobiliário (1,2%).
Sob a ótica da demanda, a queda no trimestre encerrado em abril para o trimestre encerrado em julho foi puxada pela formação bruta do capital fixo (os investimentos), que caiu 1,5%. O consumo das famílias manteve-se estável, e o consumo do governo cresceu 0,6%. As exportações caíram 5,2%, enquanto as importações tiveram queda de 4,3%.
O Monitor do PIB-FGV estima mensalmente o PIB brasileiro em volume e em valor. O objetivo da sua criação foi prover a sociedade de um indicador mensal do PIB, tendo como base a mesma metodologia das Contas Nacionais do IBGE. Sua série inicia-se em 2000 e incorpora todas as informações disponíveis das Contas Nacionais do IBGE bem como as informações do PIB-Tri do IBGE, até o último trimestre divulgado.
O indicador é ajustado ao PIB-Tri do IBGE sempre que há mudanças metodológicas e a cada trimestre divulgado. Ou seja, nos trimestres calendários, as médias trimestrais dos índices de volume do Monitor do PIB-FGV serão iguais aos indicadores trimestrais, sem ajuste sazonal, do PIB-Tri do IBGE. Nos trimestres calendário, são utilizados os mesmos modelos do IBGE para calcular todas as séries desagregadas com ajuste sazonal, tanto pela ótica da oferta, como da demanda. Para o ajuste sazonal mensal é utilizado o modelo mensal do IBC-Br; para os trimestres móveis utiliza-se uma média desses ajustes mensais.