Sexta-feira, 14 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de outubro de 2018
A equipe econômica do candidato ao Palácio do Planalto Jair Bolsonaro (PSL) estabeleceu como meta a criação de 10 milhões de empregos em quatro anos, informou Carlos Alexandre Da Costa, que integra o núcleo de economistas reunidos por Paulo Guedes, o coordenador do programa econômico de Bolsonaro.
Segundo ele, o plano é gerar 6 milhões de empregos nos dois primeiros anos de governo e 4 milhões nos dois anos seguintes, caso o candidato seja eleito no dia 28 de outubro. A ideia, explicou ele, é incentivar com medidas que não tenham impacto fiscal setores com intensiva mão de obra, como a construção civil.
Nos oito anos do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foram criados 13,4 milhões de empregos formais no País. No primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, a criação de vagas com carteira assinada foi de 4,9 milhões. Entre 2015 e 2017, quando Dilma Rousseff e Michel Temer governaram, 2,8 milhões de vagas de empregos foram fechadas.
O núcleo econômico acelerou, nos últimos dias, os contatos com representantes das principais entidades do setor produtivo para a definição em conjunto de indicadores econômicos a serem perseguidos, como a meta para a geração de novas vagas de trabalho. Entre as metas que estão sendo definidas, estão indicadores relacionados ao Doing Business, ranking do Banco Mundial que analisa a cada ano as leis e regulações que facilitam ou dificultam as atividades das empresas.
“Nós já estamos construindo um dashboard com todos os indicadores do que a sociedade espera de nós”, informou Costa, responsável pela área de emprego, produtividade e crédito. Dashboard são painéis que mostram métricas e indicadores importantes para alcançar objetivos e as metas traçadas.
Prosperidade
Segundo Costa, a proposta é “construir” com o setor produtivo a Agenda de Prosperidade, como está sendo chamado o plano de medidas para o crescimento do País, boa parte delas voltadas para o aumento da produtividade.
Costa explicou que são pontos em comum para o aumento da competitividade e redução do custo Brasil. “É uma grande aliança para o desenvolvimento”, disse ele, que defende uma reforma tributária que desonere a produção. “Pagar impostos, por exemplo. Estamos péssimos nisso”, criticou.
Para Costa, o Estado brasileiro hoje cobra o máximo da sociedade e entrega o mínimo no que deveria fazer nas áreas de saúde, educação, segurança e moradia. “Há uma grande dicotomia do Estado que cobra regulamentação demais e obrigações acessórias demais e sufoca o setor produtivo”, disse Costa, que foi diretor do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Para a definição desses indicadores, o grupo já conversou com dirigentes da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base), Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo ), Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química) e outras que ainda estão sendo marcadas. Ele classificou como uma “vergonha que o Brasil tenha indicadores piores do que de países da África Subsaariana.