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Por Redação O Sul | 10 de abril de 2018
A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, assumirá a Presidência da República na sexta-feira (13) devido a viagens programadas ao exterior do presidente Michel Temer (Peru) e dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (Panamá), e do Senado, Eunício Oliveira (Japão).
Como não há vice-presidente, na ausência de Temer, Maia e Eunício são os seguintes na linha sucessória. Se os dois também estiverem ausentes, assume Cármen Lúcia.
Temer tem previsão de participar na sexta e no sábado (14) da 8ª Cúpula das Américas, realizada em Lima, no Peru. Por ora, a agenda prevê que o presidente viaje na sexta, iniciando o retorno ao Brasil no sábado.
Segundo a assessoria do Senado, Eunício viaja na sexta-feira (13) para uma visita oficial ao Japão, com previsão de retornar apenas no fim de semana seguinte.
A assessoria da Câmara, informou que Maia viaja na quinta (12) para o Panamá, retornando no sábado (14). Ele participa de reunião do Parlatino, o parlamento latino-americano.
Um dos vice-líderes do governo na Câmara, o deputado Darcísio Perondi (MDB-RS) afirmou nesta segunda (9), em entrevista no Palácio do Planalto, que Cármen estará no exercício da Presidência na sexta.
“Nós teremos na sexta-feira uma mulher presidente, a Carmen Lúcia. Viva as mulheres empoderadas”, disse o parlamentar.
A assessoria do STF informou que a ministra já foi informada da previsão de viagens de Temer, Maia e Eunício.
Situação similar ocorreu em 2014, com o então presidente do STF Ricardo Lewandowski, que a assumiu a Presidência da República. Na oportunidade, Dilma Rousseff foi aos Estados Unidos e o vice Michel Temer ao Uruguai. À época presidentes da Câmara e do Senado, Henrique Alves (MDB-RN) e Renan Calheiros (MDB-AL) não assumiram o posto ao alegarem impossibilidades eleitorais.
8ª Cúpula das Américas
A 8ª Cúpula das Américas será realizada em Lima, nos dias 13 e 14 de abril. Em fevereiro o governo do Peru retirou o convite enviado ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para que comparecesse ao evento.
A carta foi assinada pela ministra das Relações Exteriores peruana, Cayetana Aljovín, e enviada ao ministro do Poder Popular para Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, segundo a cópia do documento.
A ministra fez o anúncio durante uma reunião do Grupo de Lima, dizendo que a presença de Maduro na Cúpula “não será bem-vinda” pelo Peru, uma declaração que foi apoiada pelos países presentes na reunião.
O Grupo de Lima foi criado com a Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru, diante da impossibilidade de aprovar resoluções sobre a Venezuela na OEA (Organização dos Estados Americanos) pelo bloqueio dos países caribenhos.
Após a decisão, Maduro disse na época que chegaria a Lima mesmo que “chova, troveje ou relampeie”, motivando a resposta da primeira-ministra peruana, Mercedes Aráoz, onde ela afirmou que o presidente venezuelano “Não pode entrar nem no território nem no céu peruano. Ele não pode entrar (no Peru) porque não está sendo bem-vindo”.
O evento, que vai reunir chefes de Estado do continente, entre eles Michel Temer e o americano Donald Trump, tem neste ano um tema indigesto e muito atual: corrupção.