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Rio Grande do Sul Ambientes fechados e outras condições favorecem o contágio pelo coronavírus nos frigoríficos. O setor emprega 65 mil pessoas no Rio Grande do Sul

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Diagnósticos positivos entre trabalhadores dessas indústrias representam 20% do total no Estado. (Foto: Agência Brasil)

Regiões onde o segmento de frigoríficos tem forte participação na economia se tornaram um motivo adicional de preocupação para as autoridades gaúchas, devido à ocorrência de surtos de coronavírus nesse tipo de estabelecimento, que emprega 65 mil pessoas no Estado. Dentre os aspectos que ampliam o risco de contágio em tais ambientes estão o grande número de funcionários em espaços fechados.

Segundo a procuradora do MPT (Ministério Público do Trabalho) do Rio Grande do Sul e gerente nacional adjunta do Projeto Frigorífico, Priscila Schvarcz, desde o início da pandemia quase 6 mil trabalhadores gaúchos do segmento foram infectados, contingente que totaliza 20% dos diagnósticos positivos no Estado: “Esse número é só de trabalhadores, sem considerar os contactantes [familiares e amigos, por exemplo]. É muita coisa”.

Em muitos municípios, os primeiros casos foram diagnosticados justamente em trabalhadores do segmento. Priscila chama a atenção para o fato de que, ao empregar habitantes de cidades vizinhos ao município onde o frigorífico está instalado, esse tipo de empresa acaba contribuindo diretamente para o processo de interiorização da doença, que começou por centros grandes urbanos.

Conforme as autoridades estaduais, há uma íntima relação entre os vínculos de emprego nesse tipo de indústria e os casos de coronavírus (inclusive em regiões com áreas indígenas). A mesma relação é observada quando analisados os dados de hospitalizações, mortalidade e incidência cumulativa de hospitalizações que demonstram o impacto inequívoco da atividade com a saúde pública coletiva.

Não por acaso, o índice de contaminação no setor é maior do que de outras indústrias. Conforme o MPT, os frigoríficos propiciam a disseminação do vírus por causa de aspectos como a alta concentração de trabalhadores em ambientes fechados, com pequenas taxa de renovação de ar, baixas temperaturas e umidade.

Além disso, diversos postos de trabalho não observam o distanciamento mínimo durante a prestação de serviços, além de manterem pontos que propiciam aglomerações, como refeitórios, salas de descanso, vestiários e transporte coletivo de casa para o local de serviço.

Situação

Até agora, o Rio Grande do Sul registra ao menos 40 surtos ativos de coronavírus em indústrias, dos quais mais de 50% em frigoríficos e indústrias de laticínios. Dados da SES (Secretaria Estadual da Saúde) indicam que outros 42 surtos já estavam encerrados e 25 continuam em investigação, principalmente em regiões sob bandeira vermelha (alto risco de contágio) no sistema de distanciamento controlado.

(Marcello Campos)

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