Domingo, 02 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de julho de 2017
Homens das forças federais estão patrulhando as ruas do Rio de Janeiro (RJ) desde a última sexta-feira (28) e esse é o primeiro fim de semana com as tropas nas ruas. É uma esperança de dias mais seguros na cidade.
Ao todo, são mais de 10 mil militares e policiais: 8.5 mil militares das Forças Armadas, 620 agentes da Força Nacional e 1.120 da PRF (Polícia Rodoviária Federal).
Frear a violência no Rio de Janeiro é um grande desafio. Na madrugada deste sábado (29), um tiroteio assustou moradores do Morro Dona Marta, na Zona Sul da cidade. Um traficante foi preso em um confronto com a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). Na noite de sexta, um policial civil foi baleado no braço durante uma tentativa de assalto no túnel Rebouças. Ele passa bem. Os dois incidentes não envolveram as tropas federais.
Apoio da população
“O carioca está entendendo que a gente veio para cá como um reforço, para ajudar à sociedade como um todo, então as pessoas buzinam, as pessoas aplaudem, as pessoas passam do lado buzinando”, diz o agente da PRF, Jailson Gadelha. “Nesse tempo que estamos aí de violência eu acho que, acho não, eu apoio sim o trabalho”, fala o estudante Rodrigo da Silva Augusto.
Na manhã deste sábado, foi possível ver tropas na orla da Zona Sul do Rio e nas principais vias expressas da cidade. Homens das forças armadas, agentes da Força Nacional, da PRF e PMs também fizeram bloqueios em rodovias que cruzam Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana.
“Só vem para somar. Só vem para ajudar, precisa muito”, diz o eletricista André Luiz Ferreira.
Primeira fase
Nessa primeira fase, os militares estão fazendo o reconhecimento de algumas áreas. Há também trocas de informações com as polícias do Rio, que sabem como as quadrilhas agem. A partir daí, as operações serão planejadas.
“A diferença dessa operação, como frisou o ministro da Defesa, é que não terá ocupação, será por demanda, ou seja, nós vamos levantar os dados, estamos planejando em cima dos dados levantados e vamos obter a surpresa nas ações”, explica o chefe do Estado Maior Conjunto, almirante Roberto Rossato.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, o chefe da operação das Forças Armadas e todas as autoridades da Segurança Pública do Rio se reuniram para fazer um balanço das primeiras 24 horas de trabalho conjunto.
Jungmann reafirmou que os militares não estarão sempre nas ruas. “A nossa lógica não é a lógica da ostensividade embora ela possa ocorrer. A imagem é como se fosse um vagalume, que acende, que apaga, que acende, que apaga. Então ela pode acender várias vezes, inclusive, não precisa ser uma única operação, ela pode se dar 3, 4 operações ao mesmo tempo, em espaços diferentes. A lógica é reduzir a capacidade operacional do crime”, explica o ministro.
“Quando você coloca todo esse aparato nas ruas, há uma modificação na dinâmica do crime. A gente espera que seja imediatamente, mas dimensionar ou dizer a partir de quanto tempo é um dado impreciso”, fala o secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá. (AG)