Sábado, 19 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 5 de maio de 2021
Era apenas mais um dia de rotina na creche Pró-Infância Aquarela, em Saudades, cidade no Oeste de Santa Catarina. Às 10h, as 30 crianças já deveriam estar todas reunidas no refeitório para o almoço. Mas na terça-feira (4), excepcionalmente, houve um atraso. Quem relata é uma professora que estava dentro da creche no momento do crime, mas que não quis ser identificada.
“Estava na sala dos professores realizando atividades extraclasse, o almoço atrasou não sei por que. Eu ouvi minha colega Keli (professora) dizer que atenderia uma pessoa no portão. Em seguida, ouvi gritos, larguei minha caixa de atividades e fui ver o que estava acontecendo. Ele já estava esfaqueando ela. Nesse momento eu gritei bem alto para avisar que tinha um homem armado dentro da escola, voltei pra sala, fechei a porta, peguei meu celular e avisei a secretaria de Educação: ‘Mandem a polícia, tem um homem matando as pessoas aqui!’”, conta.
No momento do ataque, havia cerca de 20 funcionárias e professoras na creche. O aviso foi decisivo para que outras crianças fossem protegidas. Segundo a professora toda a ação durou cerca de 10 minutos. O ataque deixou três crianças e duas funcionárias mortas.
O assassino, segundo a polícia, é Fabiano Kipper Mai, um jovem de 18 anos que foi à creche armado com um facão. Ele tentou suicídio após o ataque, porém foi atendido e, segundo o Corpo de Bombeiros Militar, teve de ser submetido a uma cirurgia em Chapecó.
No total, a creche possui sete salas de aula, sendo quatro na parte da frente, e atende a cinco turmas do berçário com crianças de até dois anos. Apenas uma professora conseguiu retirar as crianças da sala enquanto o jovem praticava os crimes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.