Quarta-feira, 12 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de novembro de 2015
A perda de um avião de passageiros russo sobre o monte Sinai, no Egito, é apenas o mais recente em uma série de acidentes fatais envolvendo as companhias aéreas do maior país do mundo. No rastro do fim da União Soviética, em 1991, dezenas de pequenas empresas surgiram.
Entre elas, a KogalymAvia, baseada no aeroporto de Kogalym, na Sibéria, companhia à qual pertencia a aeronave que caiu no voo entre Sharm El-Sheikh, no Egito, e São Petersburgo, na Rússia. A tragédia no país africano não é a primeira com a KogalymAvia, que opera sob o nome de Metrojet. No dia de Ano Novo em 2011, um avião que fazia um voo doméstico entre Surgut e Moscou pegou fogo enquanto taxiava, deixando quatro mortos.
Tragédias
Nos últimos 20 anos, houve 20 acidentes fatais com aviões de passageiros de companhias aéreas russas, com 1.330 mortes. A frequência de incidentes preocupa, considerando-se os avanços em segurança aérea em todas as partes do mundo. No Reino Unido, que tem muito mais voos e passageiros do que a Rússia, o último acidente fatal com um avião de passageiros foi em 1989.
Causas
As causas dos eventos são bastante variadas: falhas mecânicas, supostos ataques (acidentais ou deliberados), mas a maioria ocorreu durante as fases consideradas as mais perigosas do voo – a decolagem e a aterrissagem. Algumas figuras na comunidade de segurança de aviação acreditam que essa altíssima incidência de acidentes aéreos na Rússia pode estar relacionada a uma cultura de investigação que aparentemente está mais preocupada em encontrar culpados do que em prevenir novas ocorrências no futuro.