Quarta-feira, 12 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de dezembro de 2018
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta sexta-feira (21), por meio do Twitter, que revisará contratos e reavaliará o quadro de pessoal da Secom (Secretaria de Comunicação), vinculada à Presidência da República. Segundo ele, o orçamento aprovado pelo Congresso Nacional para a área é praticamente metade do proposto. Bolsonaro disse que trabalhará de acordo com o valor final, sem buscar aumentos.
“O Congresso aprovou orçamento de R$ 150 milhões para a Secretaria de Comunicação Social em 2019, um corte de 45,8% do valor proposto pelo atual governo [R$ 277 milhões]”, disse. “Revisaremos diversos contratos e reavaliaremos o quadro pessoal da Secom a fim de reduzir ainda mais o orçamento para 2020. Vamos mostrar, nesta e em outras áreas, na prática, os benefícios da correta aplicação de recursos públicos”, acrescentou.
O presidente eleito afirmou que na sua gestão, que começará em 1º de janeiro de 2019, não haverá esforço para elevar valores no Orçamento Geral da União. “Informo que nosso governo não irá pleitear qualquer aumento no orçamento e trabalhará com o valor aprovado.”
Oposição
Em declaração conjunta na quinta-feira (20), PDT, PCdoB e PSB anunciaram a formação de um bloco de oposição ao governo de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados a partir de 2019, mas sem a participação do PT.
Juntos, os três partidos contam com 69 deputados. Suas lideranças já articulavam a criação do bloco nas últimas semanas como forma de manter independência em relação ao PT, que terá a maior bancada da Casa – 56 parlamentares. A legenda petista tem pretensões de liderar a oposição ao governo Bolsonaro.
“Reafirmam, assim, que farão oposição ao governo eleito, em conformidade com o resultado e o desejo expresso pelas urnas, na defesa da democracia, dos direitos sociais, dos valores éticos e republicanos, e defenderão ideias e propostas a favor dos interesses do País”, diz trecho da nota conjunta, assinada pelos líderes dos três partidos na Casa – André Figueiredo (PDT-CE), Orlando Silva (PC do B-SP) e Tadeu Alencar (PSB-PE).
“É o início de uma caminhada de partidos com identidade histórica para barrar retrocessos que sejam pautados na Câmara dos Deputados, como a reforma da Previdência, e outras ações que prejudiquem os trabalhadores e só aprofundam a crise que o país vive. Muito trabalho nos espera nos próximos quatro anos”, destacou Figueiredo em nota no site oficial do PDT.
No final de outubro, quando o bloco começou a ser articulado, Figueiredo afirmou que ele “não seria um ‘puxadinho’ do PT”. No entanto, o governador reeleito do Maranhão, Flávio Dino, que é do PCdoB, afirma que a formação do bloco não significa uma tentativa de isolar o PT.
“Isso seria um absurdo, considerando que se trata do maior partido do campo popular no nosso País. Bloco parlamentar não impede diversas outras formas de aliança e diálogo”, disse, por meio do Twitter.