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Desaceleração da China dificulta recuperação da economia brasileira, dizem economistas

Dados que mostram que a desaceleração da economia chinesa desencadeou uma queda nas bolsas de valores do país asiático. (Foto: Reprodução)

A primeira semana deste ano começou da maneira mais turbulenta possível no mercado financeiro. Dados que mostram que a desaceleração da economia chinesa desencadeou uma queda nas bolsas de valores do país asiático, que se espalhou para todo o planeta. O Brasil foi atingido pelas instabilidades da segunda maior economia do mundo.

O dólar comercial encerrou a primeira semana do ano em 4,04 reais, com alta de 2,34%. O índice Ibovespa despencou mais de 6% nas últimas cinco sessões e está no menor nível desde março de 2009, no auge da crise provocada pelo colapso do crédito imobiliário nos Estados Unidos. Segundo economistas, a desaceleração da China dificulta ainda mais a saída do país da pior recessão em 25 anos.

Para o economista Róridan Duarte, do Conselho Federal de Economia, a mais nova crise internacional veio no pior momento para o país. “As dimensões da economia chinesa, com PIB [Produto Interno Bruto] de quase 10 trilhões de dólares, fazem qualquer espirro se tornar uma gripe em todo o mundo. Um país que cresce 7%, em vez de 10%, tem um desempenho fantástico, mas a desaceleração causa impacto em todo o planeta.” Em relação ao Brasil, o economista diz que ele se tornou dependente da economia chinesa quando o país asiático passou a investir em infraestrutura e comprou mais commodities – bens primários com cotação internacional.

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