Por Redação O Sul | 14 de junho de 2016
A ex-mulher do atirador de Orlando afirmou que ele “poderia ser homossexual” e que deve ter alguma razão psicológica para o ataque à boate Pulse nos Estados Unidos. A declaração de Sitora Yusufiy joga nova luz sobre a relação de Omar Mateen com a comunidade gay.
A tese de uma possível homossexualidade de Mateen surgiu em vários jornais americanos, podendo complicar o processo para compreender os impulsos psicológicos que o levaram a cometer o pior ataque a tiros da História do país.
De acordo com relatos de vizinhos e conhecidos, o agressor chegou a visitar a boate gay Pulse antes do ataque que deixou 49 mortos e mais de 50 feridos no último domingo.
Sitora afirmou que era vítima de abuso do ex-marido, de quem se divorciou em 2011. (Foto: Reprodução)
Sitora, que agora é noiva do brasileiro Marcio Dias, teria relatado ao FBI (a polícia federal americana) que seu ex-marido tinha “tendências homossexuais”. Dias afirmou que o FBI pediu a Sitora para não falar sobre o assunto com a imprensa americana. “Ela me disse que o pai dele [Mateen] o chamou de gay várias vezes”, declarou.
Mateen jurou lealdade ao Estado Islâmico durante o tiroteio, e as autoridades estão tratando a atrocidade como um ataque terrorista inspirado pelo grupo.
Já o pai de Mateen alegou que ele tinha ficado com raiva depois de ver recentemente dois homens se beijando, mas outras fontes disseram que ele visitava clubes gays e usava aplicativos de relacionamento homossexuais.
Imigrante do Uzbequistão, Sitora afirmou ainda que era vítima de abuso do ex-marido, de quem se divorciou em 2011. Ela disse não acreditar em uma ligação com o terrorismo organizado. Após a união com Sitora, Mateen se casou de novo e teve um filho. (AG)
