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Ex-presidente da empreiteira OAS tinha livre trânsito com a classe política

Léo Pinheiro foi condenado a 16 anos e quatro meses de reclusão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. (Foto: Beto Barata/AE)

O livro “Adelmário Pinheiro de Tremedal da Bahia”, editado pelo instituto mantido pelos filhos do ex-deputado estadual e secretário de Fazenda, morto em 1963, traz uma homenagem: “Soube como poucos cultivar a ética, hoje tão relegada, até mesmo desprezada na predominante cultura política”.

Um dos 13 filhos do homenageado, o executivo José Adelmário Pinheiro Filho fez da intimidade com o mundo político matéria-prima de sua atuação – até ser tragado pela Operação Lava-Jato. Léo Pinheiro, como é conhecido o ex-presidente da construtora OAS, está preso em Curitiba (PR), condenado a 16 anos e quatro meses de reclusão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Pinheiro não seguiu estritamente os passos do pai. Engenheiro, dispensou as funções como homem público, mas manteve a política como companheira fiel. O que sempre se soube nos bastidores agora ficou explícito com o vazamento das conversas: o executivo mantinha relação muito próxima com políticos dos mais variados partidos.

Em troca de mensagens com outros executivos da OAS, referiu-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por um apelido: “Brahma”. Com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tratou de doações eleitorais, entre outros políticos. (AG)

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