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Brasil A força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba pode ser dissolvida em setembro se Raquel Dodge não renovar prazo

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"Eles todos participaram de uma encenação", afirmou Raquel Dodge. (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

A força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba, coordenada por Deltan Dallagnol, pode ser dissolvida em um mês – a partir de 9 de setembro. Nesta data, expira o prazo para o seu funcionamento. A sobrevivência da tropa especial de investigadores estará então nas mãos da procuradora-geral Raquel Dodge. É ela que tem o poder de renovar o prazo.

As apostas de procuradores de Curitiba e de Brasília são que ela manterá a força-tarefa – mesmo depois do vazamento de mensagens em que Dallagnol fala mal dela e incentiva a divulgação de informações que poderiam desgastá-la. A análise, no entanto, não é consensual.

Procurador

Em um novo vazamento de mensagens obtidas pelo site The Intercept e publicados pelo portal El País, na sexta-feira (09), procuradores comentam a atuação de Raquel Dodge na Lava-Jato e discutem a possibilidade de repassar informações secretas a jornalistas para pressioná-la a liberar delações ao STF (Supremo Tribunal Federal). Em uma das mensagens divulgadas, o procurador Januario Paludo chega a dizer: ”Barraco tem nome e sobrenome. Raquel Dodge.”

De acordo com o El País, Dodge era vista como uma espécie de inimiga pela força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba. Dias antes de ela ter sido indicada à PGR pelo então presidente Michel Temer em 2017, o procurador Deltan Dallagnol disse que “Dodge se aproximou de Gilmar Mendes e é a candidata dele a PGR”.

Essa proximidade entre Dodge e o ministro do STF Gilmar Mendes é um dos pontos de desconfiança. Em uma conversa de 2018, Deltan disse que Dodge apenas não confronta Mendes porque quer um cargo no STF, tão logo o mandato de PGR acabe.

Ainda segundo o El País, outra crítica dos procuradores é a morosidade de Dodge em homologar acordos de delação. Um desses casos, seria o acordo com o empreiteiro Léo Pinheiro, assinado em dezembro de 2018, mas que, até hoje, não teria sido enviado ao Supremo.

Usar a imprensa

Em 29 de junho de 2018 – um dia depois de o procurador Athayde Ribeiro Costa ter perguntado sobre a evolução do caso de Léo Pinheiro e o integrantes do grupo “OAS-Curitiba-acordo” discutirem as férias de Dodge –, Dallagnol propõe aos colegas pressionar Dodge “usando a imprensa em off” ou pressionar a PGR a apresentar um prazo limite para o encaminhamento. “Dá saudades do Janot”, Dallagnol comenta ao se referir a Rodrigo Janot, ex-PGR.

A saudade de Janot não é comentada apenas com os colegas, como mostra o El País. Em conversa datada de 16 de julho de 2015, quando Janot ainda era o PGR, o procurador diz ao colega que ele [Janot] “permitiu que esse trabalho integrado acontecesse, a começar pela criação da FT e todo apoio que deu e dá ao nosso trabalho. Você merece um monumento em nossa história”, disse.

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https://www.osul.com.br/forca-tarefa-da-operacao-lava-jato-em-curitiba-pode-ser-dissolvida-em-setembro-se-raquel-dodge-nao-renovar-prazo/ A força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba pode ser dissolvida em setembro se Raquel Dodge não renovar prazo 2019-08-10
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