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Geral Governo federal faz reunião no Planalto sobre megaoperação policial que deixou dezenas de mortos no Rio

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A operação mirou a facção criminosa Comando Vermelho e se tornou a mais letal da história do Estado. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O governo federal fez uma reunião no fim da tarde dessa terça-feira (28) no Palácio do Planalto para tratar da megaoperação policial no estado do Rio de Janeiro que deixou pelo menos 64 mortos. O encontro durou cerca de uma hora. A operação mirou a facção criminosa Comando Vermelho e se tornou a mais letal da história do Estado.

A reunião foi convocada pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin. Participaram também os ministros Rui Costa (Casa Civil), Sidônio Palmeira (Secom), Gleisi Hoffman (Relações Institucionais), Jorge Messias (AGU) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos), além de representantes dos ministérios da Justiça, da Defesa e da Polícia Federal.

O presidente Lula estava em voo e não participou da reunião. Ele embarcou na noite de segunda-feira (27) na Malásia e desembarcou em Brasília nessa terça por volta de 20h20min. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, estava no voo com Lula. Já o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, cumpriu agenda no Ceará nessa terça.

Resultado da reunião

Na reunião, ficou decidido que:

– os ministros Lewandowski e Rui Costa vão para o Rio nesta quarta, para se encontrar com o governo local. Eles estarão acompanhados de William Marcel Murad, diretor-executivo da PF.

– após o pedido do governo do Rio, o governo federal vai transferir 10 presos do sistema estadual para presídios federais.

Em nota publicada ao final do encontro, a Casa Civil informou que o governo do Rio não pediu nenhum apoio para a operação desta terça.

Troca de acusações

A megaoperação policial no estado do Rio de Janeiro virou motivo de troca de acusações entre o governo estadual e o governo federal.

Em uma entrevista coletiva sobre a operação, o governador Cláudio Castro (RJ) afirmou que estava “sozinho”, em referência ao que chamou de falta de ajuda da União.

Ele afirmou que, em diversas vezes ao longo do ano, solicitou empréstimos de veículos blindados das Forças Armadas. Segundo Castro, o pedido não foi atendido, porque o governo federal dizia que, para isso, era preciso um decreto da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) por parte da Presidência da República.

Segundo Castro, Lula é contra decretar GLO para as Forças Armadas atuarem nos estados.

“Tivemos pedidos negados 3 vezes: para emprestar o blindado, tinha que ter GLO, e o presidente (Lula) é contra a GLO. Cada dia uma razão para não estar colaborando”, queixou-se Castro.

GLO é uma operação prevista na Constituição que autoriza o uso das Forças Armadas em ações de segurança pública em situações excepcionais, quando há esgotamento das forças policiais estaduais. Nesses casos, Exército, Marinha e Aeronáutica passam a atuar com poder de polícia, de forma temporária e sob comando do presidente da República, para restabelecer a ordem e proteger pessoas e patrimônios.

Ministério da Defesa

Em nota, o Ministério da Defesa informou que recebeu um pedido do governo do Rio em janeiro de 2025. Esse pedido, segundo a pasta, foi feito em relação a uma tragédia ocorrida em dezembro de 2024, quando uma capitã de Mar e Guerra da Marinha do Brasil faleceu ao ser atingida por uma bala no Hospital Naval Marcílio Dias.

A Defesa informou que, em razão disso, posicionou blindados nos arredores do hospital, ligado às Forças Armadas, respeitando o limite legal de 1.400 metros em torno de instalações militares, medida voltada à segurança da área e dos militares.

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