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Bolsa brasileira fecha acima dos 149 mil pontos pela primeira vez na história; dólar cai

Investidores acompanharam a divulgação dos novos dados de emprego no Brasil. (Foto: Divulgação)

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, bateu um novo recorde nessa sexta-feira (31) e fechou acima dos 149 mil pontos pela primeira vez na história. O dólar, por sua vez, encerrou o pregão praticamente estável, com queda de 0,01%, cotado a R$ 5,3798.

Investidores acompanharam a divulgação dos novos dados de emprego no Brasil e seguiram atentos à temporada de balanços corporativos. Nos Estados Unidos, falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central do país), também ficaram no radar.

Nesta sexta-feira (31), o destaque ficou com o desemprego medido pela Pnad Contínua. A taxa ficou em 5,6% no trimestre móvel encerrado em setembro, mantendo-se se em relação ao trimestre encerrado em agosto, quando o índice já havia atingido o menor patamar da série histórica iniciada em 2012.

No campo corporativo, o mercado continua acompanhando os resultados do terceiro trimestre deste ano. Na quinta, a Vale divulgou o seu balanço e apontou um lucro de US$ 2,68 bilhões — alta de 11% frente ao mesmo período de 2024 e acima das projeções de analistas. As ações da Vale subiram 1,88% e ajudaram a manter a bolsa no campo positivo.

As ações da mineradora têm forte influência sobre o Ibovespa devido ao seu peso na composição do índice. Assim, quando os papéis da companhia avançam, costumam impulsionar o desempenho da bolsa como um todo.

No cenário internacional, os resultados das gigantes de tecnologia continuam no foco dos investidores. A Apple registrou lucro de US$ 27,46 bilhões no trimestre, um avanço de 86,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já a Amazon teve ganho de US$ 21,2 bilhões, alta de 38% frente ao terceiro trimestre de 2024.

Na agenda americana, os investidores aguardam falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). A presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, discursou às 10h30, enquanto Raphael Bostic, do Fomc, apresenta sua visão sobre os próximos passos da instituição às 13h.

Bolsas globais

O mercado americano conseguiu recuperar parte das perdas da véspera nesta sexta-feira (31), impulsionado por resultados positivos de grandes empresas de tecnologia. Amazon e Apple divulgaram lucros acima do esperado, o que animou os investidores.

A Amazon teve forte desempenho graças ao crescimento do setor de computação em nuvem e ao aumento nas vendas, mesmo com a inflação. No terceiro trimestre, a companhia apresentou um lucro líquido de US$ 21,2 bilhões, alta de 38% frente ao mesmo período de 2024.

Já a Apple foi beneficiada pela boa recepção da nova linha de iPhones, apesar das tensões comerciais globais. O lucro líquido da companhia foi de US$ 27,46 bilhões, alta de 86,4% em relação ao ano passado.

Com isso, os três principais índices de Wall Street fecharam em alta. Enquanto o S&P 500 subiu 0,29%, aos 6,841.83 pontos, o Nasdaq Composite avançou 0,61%, aos 23,725.89 pontos. Já o Dow Jones Industrial Average teve ganhos de 0,08%, aos 47,562.13 pontos.

Na Europa, os mercados fecharam em queda, refletindo a cautela dos investidores diante dos balanços corporativos divulgados ao longo da semana.

Além disso, a decisão do Banco Central Europeu de manter os juros inalterados e a desaceleração da inflação na zona do euro reforçaram a percepção de que a economia segue dentro do esperado, mas sem grandes estímulos no curto prazo.

Os principais índices europeus registram perdas: o índice pan-europeu STOXX 600 recuou 0,5%. Na Alemanha, o DAX caiu 0,67%, enquanto o FTSE 100, no Reino Unido, teve baixa de 0,44%. Na França, o CAC 40 recuou 0,44%, e na Itália o FTSE MIB avança 0,06%.

Na Ásia, os mercados fecharam sem direção única. Na China, os investidores aproveitaram os ganhos recentes para realizar lucros, após os índices locais atingirem os maiores níveis em uma década.

 

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