O juiz Sérgio Moro autorizou o deslacre do acervo presidencial de Lula, que está guardado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Paulo. Os dez contêineres com objetos e as 400 mil cartas que o petista recebeu quando era presidente estavam trancados, à espera do desfecho judicial da acusação de que tinham sido armazenados e mantidos com dinheiro ilícito.
Moro absolveu o ex-presidente e Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, da acusação de lavagem de dinheiro e corrupção passiva por aceitar que a OAS pagasse pela manutenção do acervo. O TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) ainda tem que decidir se mantém ou revê a sentença de Moro. E o juiz, que já tinha dado recebimento inicial à acusação contra Lula no caso das reformas do sítio de Atibaia, ouviu a defesa e recebeu há alguns dias, de forma definitiva, a denúncia contra o petista. O juiz até já marcou a data para o início dos depoimentos no processo: 5 de fevereiro de 2018.
Se a velocidade média de tramitação de processos sob a jurisdição de Moro for mantida neste caso, Lula deve voltar a depor ao magistrado em junho de 2018 – quando a campanha eleitoral à Presidência já pode ter atingido alta temperatura.
