Terça-feira, 13 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 22 de julho de 2015
O Lago Guaíba voltou a subir na tarde desta quarta-feira (22), atingindo a marca de 2,51m na régua eletrônica do Cais do Porto, às 17h. A subida deve ser gradativa e leve, e não se descarta que o nível suba até 2,60m.
A elevação é causada pelo aumento da vazão dos rios que alimentam o lago, que enfrentam cheia, e deve se manter pelas próximas 24 a 36 horas.
Esta é a primeira vez, desde 2002, que o Guaíba atinge marcas tão altas. Naquele ano, chegou a 2,52m no cais.
As atenções do Sistema Centro Integrado de Comando-Ceic/Metroclima estão voltadas para o Rio Jacuí – o principal contribuinte do Guaíba, com 70% da vazão –, e que enfrenta uma cheia ainda maior do que na semana passada. Com o nível aumentando de forma consistente entre São Gabriel e Porto Alegre, a situação sugere cheia na parte final da bacia junto à Capital ainda por muitos dias. Em Rio Pardo, o Jacuí subiu mais de meio metro em 24h e ontem à noite estava em 15,10m.
De acordo com boletim assinado pelos meteorologistas Eugenio Hackbart, Estael Sias e Luiz Fernando Nachtigall, dos demais rios contribuintes, o Taquari passa por cheia, porém menor que no final da semana passada. O Caí e o Sinos estão com os maiores picos agora, e alcançam Porto Alegre no fim de semana e no começo da semana que vem. O Gravataí segue em cheia histórica na Grande Porto Alegre com níveis sem precedentes em décadas.
Ventos – Outros dois pontos que estão sendo monitorados é a previsão de chuva para a sexta-feira (2), e a condição dos ventos. Os modelos, em geral, não indicam volumes elevados para Porto Alegre, e as simulações mais agressivas ficam ao redor de 30mm.
Neste momento, os ventos na Capital estão variando entre Leste e Sudeste, com cerca de 15 km/h. A mudança também vai ocorrer na sexta-feira, quando deve voltar a soprar do quadrante Sul, o que se mantém no final de semana. No sábado, há possibilidade de intensidade moderada, até 30 e 40 km/h. Estas mudanças devem coincidir com o nível do Guaíba muito alto pela chegada da vazão dos rios contribuintes.