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Brasil Lula foi autorizado a receber na prisão outros visitantes além de sua família. A senadora Gleisi Hoffmann e o ex-governador da Bahia Jaques Wagner foram os primeiros

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Aliados entraram juntos na Superintendência da PF mas se reuniram com Lula separadamente. (Foto: Reprodução)

Depois de ganhar uma autorização para receber na prisão, a cada semana, duas pessoas que não sejam de sua família, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi visitado na tarde dessa quinta-feira pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e pelo ex-governador da Bahia Jaques Wagner. A informação é da assessoria de comunicação da PF (Polícia Federal) em Curitiba (PR).

A parlamentar, que também é a presidente nacional do PT, foi apontada pelo próprio líder petista como a sua “porta-voz” horas antes de se entregar à PF, no dia 7 de abril. Wagner, por sua vez, já foi cotado nos bastidores do partido como um eventual “plano B” da sigla caso Lula não possa disputar a eleição presidencial de outubro – oficialmente, o PT nega que haja qualquer debate sobre uma alternativa à candidatura de Lula.

Gleisi e Wagner foram visitar Lula juntos, dois dias depois de o ex-governador dizer que, se o ex-presidente não puder concorrer ao Palácio do Planalto, o PT poderá lançar um nome para vice-presidente em uma chapa liderada por um candidato de outro partido, como Ciro Gomes (PDT). A senadora, por sua vez, reagiu à declaração do colega dizendo que “Ciro não passa no PT nem com reza brava”.

Questionado sobre sua fala, Wagner afirmou que o ex-presidente o conhece muito. “Eu vou com Lula até o final da linha. Agora, se acontecer a interdição dele, a gente vai discutir lá na frente. Por enquanto, nem ele discute isso aqui”, garantiu. Já Gleisi declarou que “Ciro não é pauta do PT, nem da conversa”.

Negociação

Após a visita, Gleisi disse a jornalistas que a juíza federal Carolina Lebbos, que cuida do processo de execução penal de Lula, decidiu autorizar a Polícia Federal a “negociar um horário” com interessados em visitar o ex-presidente. No dia 25, a magistrada decidiu que novos pedidos de visitas deveriam ser feitos diretamente à PF, e somente seriam analisados pela Justiça caso fossem negados.

De acordo com a PF, os nomes dos visitantes são encaminhados pela defesa do ex-presidente. As pessoas que não são parentes de Lula poderão visitá-lo no mesmo dia da família, às quintas, por uma hora. O período deve ser dividido entre os dois visitantes; eles não podem estar com o ex-presidente ao mesmo tempo.

Gleisi relatou que se reuniu com Lula por cerca de 45 minutos. Depois, o ex-presidente recebeu Jaques Wagner. Segundo ela, na semana que vem, outras duas pessoas devem visitar Lula, mas isto ainda não está decidido. A senadora afirmou que não conversou com o ex-presidente sobre os processos que tramitam na Justiça contra ele, mas que dialogaram sobre o Brasil “o tempo inteiro”.

“Lula tem lido muito, tem procurado se informar, tem feito análises do que ele fez enquanto presidente e do que ele pode fazer agora”, relatou. “Ele está desconjurado com a situação da economia brasileira e não pode acreditar que a economia chegou a tal ponto.”

Ainda segundo a parlamentar, Lula pediu para que ela manifestasse a solidariedade do petista para as famílias do edifício Wilton Paes Almeida, que desabou em São Paulo na madrugada de terça-feira.

Até agora, Lula só recebeu visitas de parentes, que podem encontrá-lo uma vez por semana; de integrantes da Comissão de Direitos Humanos do Senado (no dia 17 de abril) e de seus advogados, que têm a prerrogativa legal de vê-lo diariamente.

Pedidos de visita a Lula têm sido constantes desde a prisão do ex-presidente, há quase um mês. De lá para cá, políticos pediram para ver o petista, mas as solicitações foram seguidamente negadas pela juíza.

Em um dos casos mais rumorosos, a magistrada não autorizou a visita de uma comitiva de nove governadores sob o argumento de que não havia “fundamento para a flexibilização” das regras de visitação definidas pela Polícia Federal – Lula cumpre pena no prédio da Superintendência da PF em Curitiba.

Câmara

Na quarta-feira, a Câmara dos Deputados abriu processo no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a decisão da juíza de impedir uma comissão externa de parlamentares de visitar Lula. A Casa alega que houve violação ao princípio de separação de Poderes. Ela vetou a visita sob a justificativa de que não havia motivação para a diligência.

Além dos políticos, personalidades como o ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1980, e o cantor e compositor Martinho da Vila já pediram para visitar o ex-presidente, sem sucesso.

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