Sexta-feira, 14 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de fevereiro de 2016
A defesa do empresário Marcelo Odebrecht avisou à PF (Polícia Federal) no Paraná que vai colaborar com as investigações da Operação Acarajé, mais recente fase da Lava-Jato, que levou para a prisão o marqueteiro João Santana e sua mulher, Mônica Moura.
Em depoimento prestado à Justiça, logo depois da prisão do publicitário do PT, o dono da maior empreiteira do País e uma das principais envolvidas no escândalo de corrupção da Petrobras, permaneceu em silêncio. Os investigadores queriam saber detalhes sobre os repasses de dinheiro feitos pela empreiteira a Santana. Segundo a PF, empresas offshores ligadas à Odebrecht transferiram 3 milhões de dólares para contas secretas que o marqueteiro mantinha no exterior. O dinheiro teria sido usado para pagar despesas das campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
A defesa do empresário pediu ao juiz que autorizasse a transferência de Marcelo da carceragem da Superintendência da PF para o Complexo Médico Penal de Pinhais. Feito isso, ele quebraria o silêncio. Não ficou claro qual seria o nível de colaboração, mas a simples sinalização já provoca tremores no PT e no governo. Marcelo é considerado o guardião de segredos que podem fulminar de vez a biografia de Lula e causar danos irreparáveis à Dilma.