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Política Mensagens vazadas na internet indicam que, após crítica de Sérgio Moro quando era juiz, uma procuradora foi excluída de audiência no processo contra Lula

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No mês passado, Moro participou de uma audiência na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. (Foto: Isaac Amorim/MJSP)

Troca de mensagens obtidas pelo site The Intercept e divulgadas pela Rádio BandNews FM na noite de quinta-feira (20) indicam que os procuradores da Operação Lava-Jato combinaram uma mudança na escala de quem participaria da audiência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex do Guarujá, em maio de 2017, após comentários do então juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça. As informações são do jornal Extra e do MPF (Ministério Público Federal) no Paraná.

De acordo com o trecho das conversas que foi veiculado pelo jornalista Reinaldo Azevedo no programa “O É da Coisa”, em 13 de março de 2017, Moro teria enviado mensagem para o procurador chefe da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba Deltan Dallagnol criticando o desempenho da procuradora Laura Tessler na arguição oral de uma outra audiência.

Na sequência, Dallagnol teria enviado mensagem pelo Telegram ao colega Carlos Fernando dos Santos Lima para discutir o assunto. Além de reproduzir o recado de Moro, Dallagnol pede a Carlos Fernando para organizar uma reunião em que debateriam uma “estratégia de inquirição” para a audiência de Lula.

Ainda segundo o programa de rádio, Deltan teria dito que seria melhor irem dois procuradores. Carlos Fernando responde que tinha pensado em “Julio ou Robinho”.

Na audiência, que ocorreu dois meses após a troca de mensagens, o Ministério Público Federal (MPF) foi representado pelos procuradores Júlio Noronha e Roberson Pozzobon.

A legislação penal brasileira veda a influência de juízes na escolha dos integrantes da acusação.

Em audiência no Senado na quarta-feira (19), Moro disse não haver nada de “ilícito” na conversa com Dallagnol. O atual ministro da Justiça também afirmou que a procuradora Tessler “continuou e continua” atuando no cargo.

Em nota enviada na quinta-feira, o Ministério da Justiça informou que não reconhece a autenticidade das mensagens, “pois pode ter sido editada ou adulterada pelo grupo criminoso, que mesmo se autêntica nada tem de ilícita ou antiética. Na suposta mensagem não haveria nenhuma contradição com a fala do ministro ao Senado Federal, como especulado. Cabe esclarecer que o texto atribuído ao Ministro fala por si, não havendo qualquer solicitação de substituição da procuradora, que continuou participando de audiências nos processos e atuando na Operação Lava-Jato”.

Força-tarefa

A força-tarefa da Operação Lava Jato repudiou nesta sexta-feira (21) o que chamou de “notícia falsa sobre troca de procuradores em audiência do caso triplex”. “Conforme é público, a procuradora da República Laura Tessler participou, na manhã de 13/03/2017, de audiência em ação penal em que acusado o ex-ministro Antônio Palocci (autos nº 5054932-88.2016.404.7000). Além de seguir realizando a audiência na tarde do mesmo dia, a procuradora participou de todas as subsequentes do caso, nos dias 14/03/2017, 15/03/2017, 21/03/2017, e 22/03/2017”, diz a nota da força-tarefa.

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