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Notícias A Nasa está em dúvida entre colher amostras de um cometa e mandar um drone à maior das luas de Saturno

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Imagens ilustram as missões CAESAR e Dragonfly. (Foto: Nasa)

A Nasa (a agência espacial norte-americana) anunciou na quarta-feira (20) os dois projetos finalistas na disputa por uma única vaga no topo de um foguete em um lançamento em meados da próxima década. Um deles ambiciona fazer o primeiro retorno de amostras do núcleo de um cometa, e o outro quer colocar um drone para voar pelos céus de Titã, a maior das luas de Saturno. As informações são do blog Mensageiro Sideral, do jornal Folha de S.Paulo.

A disputa faz parte do processo seletivo de um programa chamado New Frontiers, que escala as missões de médio porte da agência, com custo ao redor de US$ 1 bilhão. Nessa mesma classe estão grandes hits, como a New Horizons, que foi a Plutão, e a Juno, que explora Júpiter, além da Osiris-Rex, que vai estudar o asteroide Bennu a partir do ano que vem.

A Nasa tem três classes de missões não tripuladas. As mais poderosas são as Flagships, que custam um caminhão de dinheiro – vários bilhões de dólares – e são definidas pela própria agência espacial. Nessa categoria entram, por exemplo, a Cassini e o jipe marciano Curiosity.

Na outra ponta, estão as da classe Discovery, que são as mais “baratinhas”, com custo ao redor de meio bilhão de dólares “porcada”.

No planejamento da agência, costuma sair uma Flagship por década, uma New Frontiers a cada cinco ou seis anos, e uma Discovery a cada dois ou três anos. E tanto as New Frontiers quanto as Discovery são selecionadas por meio de competições: cientistas lideram equipes propondo as missões e entram numa batalha para ver quem agrada mais ao comitê de seleção da Nasa.

Sabe como é, o Sistema Solar é um lugar bem grande, há muito a explorar e conhecer, mas o dinheiro disponível é finito. Há de se escolher prioridades. As duas propostas selecionadas agora já são vencedoras, deixando outras dez pelo caminho. Mas só há um foguete esperando por elas na próxima década. A definição de qual vai voar sai em meados de 2019.

Cometa

Uma das finalistas quer visitar um velho conhecido – o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. A missão europeia Rosetta passou três anos, entre 2014 e 2016, estudando-o.

A ideia é pegar de onde a Rosetta terminou, colhendo uma amostra do núcleo do Chury e trazendo-a de volta à Terra para análise. E não deixa de ter apelo retornar a um corpo celeste já tão estudado – teremos a oportunidade de aprender como sua superfície se transforma após mais algumas voltas ao redor do Sol.

A missão tem por objetivo investigar a rica química orgânica presente nos cometas e ver o quanto eles podem ter contribuído ao semear a Terra com compostos potencialmente precursores da vida, além de água. Daí o nome CAESAR, sigla em inglês para Exploração e Retorno de Amostras de Astrobiologia de Cometa. (A Nasa já colheu amostras da cauda de um cometa, com a sonda Stardust, mas não do núcleo cometário.)

O cientista-chefe da missão é Steve Squyres, que também foi o líder da missão dos jipes marcianos Spirit e Opportunity, e a espaçonave em si é fortemente baseada na Osiris-Rex, que colherá amostras do asteroide Bennu e as trará de volta à Terra. É, portanto, uma aposta bastante segura em termos de chance de sucesso.

Dragonfly

A Dragonfly é uma missão como nenhuma outra na história da exploração espacial. É basicamente um drone para voar pelos céus de Titã, a maior das luas de Saturno, e assim explorar diversas regiões da superfície separadas por centenas de quilômetros.

A atmosfera de Titã é mais densa que a da Terra, o que ajuda a gerar empuxo com rotores, e sua gravidade é bem menor que a da Terra, permitindo voos mais duradouros e com menos consumo de energia.

A Dragonfly tem o objetivo de estudar a rica química prebiótica e o potencial de habitabilidade na lua saturnina. Sua cientista-chefe é Elizabeth Turtle, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, mesmo “berço” da sonda New Horizons.

Trata-se de uma missão que, em termos operacionais, é bem mais complexa e cheia de novidades que sua concorrente. Em seu favor há o fato de que uma sonda já conseguiu pousar em Titã, e na primeira tentativa (a europeia Huygens desceu lá em 2005), de forma que o procedimento não é de todo desconhecido.

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https://www.osul.com.br/nasa-esta-em-duvida-entre-colher-amostras-de-um-cometa-e-mandar-um-drone-maior-das-luas-de-saturno/ A Nasa está em dúvida entre colher amostras de um cometa e mandar um drone à maior das luas de Saturno 2017-12-21
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