A redução nos números gerais da covid-19 no Brasil nas últimas semanas é notória, mas especialistas avaliam que ainda é cedo para cravar que o País tenha entrado em nova fase, de arrefecimento da pandemia, e preferem encarar a situação como estável, com tendência de queda de mortes e casos. Eles ponderam que oscilações nos dados ocorrem e que diferenças regionais importantes persistem.
Christovam Barcellos, coordenador do Monitora Covid-19, sistema integrado de dados da Fiocruz, afirma que agosto apresenta “sinais de queda”, mas ele é cauteloso. Barcellos pondera que existe certo ruído nos números não só em relação ao volume (e à subnotificação), mas também ao momento em que eles são contabilizados. Alguns Estados divulgam os casos pela data em que as ocorrências são registradas — assim como o Ministério da Saúde e a Fiocruz —, mas outros atribuem as informações à data do “evento”.
A desvantagem, diz Barcellos, é que números das semanas recentes sempre parecem menores, já que há atrasos entre os primeiros sintomas e a confirmação da doença. “Isso não altera muito a quantidade de casos, mas muda o formato da curva e afeta um pouco a análise de tendências.”
Casos no País
O Brasil chegou à 125.521 mortes por covid-19. Nas últimas 24 horas, foram registrados 907 óbitos. As informações estão na atualização diária divulgada pelo Ministério da Saúde na noite desta sexta-feira (4). Na quinta (3), o painel do Ministério da Saúde marcava 125.521 óbitos. Ainda há 2.492 falecimentos em investigação.
De acordo com o balanço da pasta, desde o início da pandemia, 4.092.832 pessoas foram infectadas com o coronavírus. Entre quinta e esta sexta, as secretarias de saúde acrescentaram às estatísticas 51.194 novas pessoas diagnosticadas com a doença.
Ainda de acordo com a atualização, 688.393 pessoas estão em acompanhamento e outras 3.278.918 já se recuperaram.
A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 3,1%. A mortalidade (quantidade de óbitos por 100 mil habitantes) atingiu 59,7. A incidência dos casos de covid-19 por 100 mil habitantes é de 1947,6.
