Sábado, 01 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de março de 2020
A Apple não deverá lançar em setembro a nova linha de iPhones com suporte à internet 5G devido à pandemia do novo coronavírus. É o que consta num relatório da consultoria de mercado Wedbush. Ainda não é possível estimar o quanto a empresa será prejudicada pelas profundas mudanças em escala global decorrentes da pandemia de Covid-19. No entanto, é esperado que modelos com conexão às redes de quinta geração sejam comercializados a partir de outubro.
A previsão foi motivada pelo fechamento de lojas da Apple por todo o mundo e o bloqueio da cadeia produtiva da maçã na China.
A Wedbush não especifica no documento se o lançamento dos modelos ficará para o final deste ano ou se será adiado para o início de 2021. Ela apenas afirma que isso não ocorrerá durante o outono no Hemisfério Norte. Outro ponto que vale ser ressaltado é que todas as previsões da empresa tem como base uma possível recuperação do coronavírus até o mês de julho.
Além de atrasar a chegada dos smartphones ao mercado, o relatório calcula a probabilidade do Covid-19 também afetar o orçamento da Apple para os próximos meses. “Esperamos que tenha um grande impacto negativo no modelo de negócios da Apple para um futuro previsível”, afirma Daniel Ives, representante da Wedbush.
A estimativa é que ocorra redução de 14% da receita no ano fiscal de 2020 (para US$ 131 bilhões, contra os US$ 152 bilhões previstos anteriormente) e de 10% em 2021 (US$ 172 bilhões), refletindo as mudanças na demanda a curto prazo dos consumidores. A empresa observa uma possível recuperação financeira somente daqui a um ano com os recordes de venda promovidos pelo smartphone com 5G.
Caso a pandemia se estenda por mais tempo, a Wedbush afirma que terá que revisar as avaliações. Enquanto isso, as atividades de manufatura retomam de forma lenta na China, porém ainda não é possível descartar as chances de uma nova aceleração da doença no país.
Higienização de celular
A Apple divulgou novas recomendações de como limpar o iPhone e outros produtos da marca, em meio ao avanço do novo coronavírus. Pela primeira vez, a empresa admite que é possível usar álcool isopropílico em concentração de 70% para desinfectar o celular. A medida ocorre em meio à epidemia da síndrome Covid-19. Desde que o Sars-CoV-2 começou a se espalhar, as pessoas começaram a pesquisar na internet sobre como higienizar o smartphone. Não confunda com álcool 70% em gel, indicado para limpar as mãos.
O líquido já era utilizado em procedimentos dentro das assistências técnicas autorizadas, mas agora também está autorizado para qualquer pessoa. As novas indicações não são restritas ao iPhone 11 e aos demais telefones com proteção contra água, valendo também para iPad, Mac, telas e acessórios da marca.
Alguns cuidados devem ser tomados para evitar perda de garantia. A recomendação é limpar somente tela, teclado e outras regiões “não porosas” do produto, como a parte traseira do iPhone ou a tampa do MacBook. É preciso evitar, por exemplo, que o álcool isopropílico com concentração de 70% entre em contato com terminais e conectores, além de eventuais orifícios na estrutura do dispositivo. Segundo a Apple, a limpeza deve ser feita suavemente com um pano macio, sem forçar a mão.
Está proibido mergulhar o iPhone no álcool ou, muito menos, fazer limpeza com água sanitária e desinfetantes abrasivos. Demais sugestões de cuidado que já existiam continuam a valer, como não usar aerossóis e solventes e evitar borrifar produtos de limpeza diretamente no smartphone. A empresa também recomenda desconectar cabos e carregadores antes de iniciar a limpeza.
A Apple também aponta os lenços higiênicos Clorox Disinfecting Wipes como alternativa ao álcool 70%. Umedecidos com um líquido não-abrasivo, os panos têm a promessa de eliminar 99,9% de germes, vários tipos de bactérias e vírus do celular, incluindo o coronavírus humano. O produto, no entanto, não é vendido no Brasil e está sem estoque em diversas lojas dos Estados Unidos. Um pacote com 75 unidades custa por volta de US$ 4,83.