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O mercado financeiro reduziu para 126 bilhões de reais a previsão de rombo nas contas do governo neste ano

Houve melhora em relação ao mês anterior, quando a estimativa era de um déficit de R$ 131 bilhões. (Foto: Divulgação)

Analistas das instituições financeiras baixaram para R$ 126,062 bilhões a estimativa para o déficit primário das contas do governo federal neste ano. A projeção foi divulgada pelo Ministério da Fazenda nesta quinta-feira (13) por meio do chamado Prisma Fiscal.

A estimativa do mercado financeiro é inferior à meta para o resultado das contas públicas autorizada pelo Congresso e que o governo precisa perseguir neste ano, que é de rombo de até R$ 159 bilhões. O resultado mostra que os analistas creem no cumprimento da meta fiscal de 2018.

No levantamento anterior, divulgado em novembro, os economistas previam um déficit fiscal das contas do governo de R$ 131 bilhões. Nos últimos meses, o mercado tem reduzido as projeções para o déficit primário. O rombo, ou déficit primário, se dá quando as despesas do governo superam as receitas com impostos e tributos. Por ser primário, não considera os gastos com pagamento dos juros da dívida pública.

Na última terça-feira (11),  o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, projetou que o déficit primário da União pode fechar 2018 em R$ 115 bilhões. Para 2019, o mercado financeiro baixou de R$ 115,503 bilhões para R$ 100,031 bilhões a previsão para o rombo das contas públicas. A estimativa também segue abaixo da meta fiscal do governo para o ano que vem, que é de déficit primário de até R$ 139 bilhões.

Reequilíbrio das contas

Nos últimos anos, o governo teve dificuldade de atingir as metas fiscais devido ao baixo nível de atividade da economia, que saiu da recessão de 2015 e 2016 no ano passado. A economia fraca reduzia também a arrecadação do governo.

O governo vem registrando déficits fiscais desde 2014. Em 2015, o rombo de R$ 120 bilhões foi gerado, em parte, pelo pagamento das chamadas “pedaladas fiscais” – repasses a bancos oficiais que estavam atrasados. Em 2016, o déficit subiu para R$ 161 bilhões. No último ano, o rombo somou R$ 124 bilhões.

Inflação

Os economistas do mercado financeiro baixaram a expectativa de inflação para 2018 e também reduziram a previsão de crescimento da economia brasileira para este ano. As estimativas constam no Boletim Focus, divulgado na segunda-feira (10) pelo BC (Banco Central).

Para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do País, o mercado financeiro reduziu a previsão de 3,89% para 3,71% para este ano. Essa foi a sétima queda seguida do indicador. A expectativa do mercado segue abaixo da meta de inflação, que é de 4,5% neste ano, e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema. A meta terá sido cumprida se o IPCA ficar entre 3% e 6% em 2018.

A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a Selic (taxa básica de juros da economia). Para 2019, os economistas das instituições financeiras diminuíram a sua expectativa de inflação de 4,11% para 4,07%, na sétima queda seguida do indicador. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.

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