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Mundo O presidente eleito dos Estados Unidos Joe Biden marcou reuniões de cúpula com líderes estrangeiros, e alguns republicanos já se colocam contra Donald Trump

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Presidente eleito conversa com pares asiáticos e anuncia chefe de Gabinete. (Foto: Reprodução)

Quase uma semana após Joe Biden ser confirmado como o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump ainda não dá sinais de que pretende reconhecer a derrota, mas começam a surgir fissuras importantes entre os dirigentes republicanos, com parte deles se colocando contra a posição do presidente. Enquanto isso, o democrata leva em frente a transição, anunciando nomes de sua equipe e marcando cúpulas com líderes internacionais.

Mesmo sem as verbas destinadas para a transição, bloqueadas por Trump, sem os briefings diários de Inteligência a que tem direito como presidente eleito e sem acesso à infraestrutura do Departamento de Estado para conversar com outros chefes de governo, Biden o faz por meios próprios. Na quarta-feira, o presidente eleito recebeu telefonemas de Yoshihide Suga, premier do Japão; Moon Jae-in, presidente da Coreia do Sul; e Scott Morrison, premier australiano — alguns dos aliados mais próximos dos EUA e parceiros-chave no Pacífico.

Nas três ligações, buscou-se reforçar a aliança entre os países e o trabalho conjunto no âmbito ambiental, na resposta à pandemia da covid-19 e na segurança — algo importante para o trio diante da crescente influência chinesa no Pacífico. Foram anunciados ainda planos para cúpulas com o Japão e com a Coreia do Sul para logo após a posse do democrata, em 20 de janeiro.  Desde sua vitória, o presidente eleito já conversou com líderes de diversos países aliados, como a França, o Canadá e o Reino Unido. Vladimir Putin e Xi Jinping, no entanto, ainda não parabenizaram o presidente eleito, assim como o presidente Jair Bolsonaro.

Na manhã desta quinta (12), Biden, que é católico, conversou com o papa Francisco. Durante o telefonema, falaram sobre o cuidado com os pobres e marginalizados, a crise climática e a integração de imigrantes e refugiados. Em 2016, após a morte do filho do presidente eleito, Beau, o Pontífice o recebeu no Vaticano.

O democrata também anunciou que Ron Klain, um importante e experiente nome do Partido Democrata, será seu chefe de Gabinete. Ele é, há anos, um dos conselheiros mais próximos de Biden e foi seu chefe de Gabinete enquanto esteve na vice-Presidência. Em 2014, o advogado foi responsável pela resposta da gestão de Barack Obama à crise do ebola. Segundo o The New York Times, outros nomes da alta cúpula do novo governo só deverão ser divulgados mais para o final do mês.

“Sua experiência profunda e variada, e a capacidade de trabalhar com pessoas em todo o espectro político é precisamente o que eu preciso em um chefe de Gabinete da Casa Branca, enquanto confrontamos este momento de crise e unimos novamente nosso país”, disse em comunicado o presidente eleito, que ganhou não só no Colégio Eleitoral segundo projeções da mídia americana a partir de apurações estaduais, como acumula uma vantagem superior a 5 milhões no voto popular.

Oposição interna

A cruzada judicial de Trump continua a ter apoio dentro do Partido Republicano, especialmente no Senado — até o momento, apenas quatro senadores da legenda parabenizaram Biden —, mas o número de lideranças do partido que instam o presidente a reconhecer sua derrota cresce. Juntaram-se aos críticos habituais, como os senadores Mitt Romney e Susan Collins, o governador de Ohio, Mike DeWine, e Karl Rove, importante operador partidário que atuou como conselheiro de campanha do presidente.

“Precisamos considerar o ex-vice-presidente como o presidente eleito Joe Biden”, disse DeWine à CNN.

Ao menos uma dezena de senadores republicanos, entre eles Lindsey Graham, grande aliado de Trump, já sugeriram também que Biden tenha acesso aos briefings de Inteligência. Um deles, James Lankford, chegou a afirmar que poderia intervir pessoalmente caso isto não ocorra até sexta. Um dos maiores aliados de Trump, o presidente do Senado, Mitch McConnell, porém, se recusou a comentar o assunto.

Sem quaisquer evidências de irregularidade, a campanha de Trump abriu cruzada judicial e uma campanha de desinformação para pôr em xeque a lisura do pleito, no que alguns analistas chamaram de “golpe de Estado em formação”. O Departamento de Justiça permitiu a abertura de inquéritos federais para investigar supostas irregularidades sobre as quais não há comprovação. Buscando apoio militar, Trump demitiu o ministro da Defesa, Mark Esper, e pôs aliados na cúpula do Pentágono e do setor de inteligência.

Suas tentativas de forçar recontagens nos estados-chave também são questionadas, já que a margem da vitória do democrata é considerada segura. Em um artigo no Wall Street Journal, Karl Rove reconheceu que é improvável que isso altere o resultado em qualquer estado “e, certamente, não será suficiente para mudar o resultado final”.

A atitude do presidente é  sem precedentes na História recente americana, sendo comparada por historiadores à decisão dos Estados do Sul, escravagistas, de não aceitar a vitória de Abraham Lincoln em 1860, dando início à guerra civil.

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