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Geral O homem apontado como um dos maiores narcotraficantes da América do Sul foi extraditado do Paraguai para o Brasil

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Jarvis Pavão é extraditado do Paraguai para o Brasil. (Foto: Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas/Divulgação)

O narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, 49 anos, foi extraditado nesta quinta-feira (28) do Paraguai para o Brasil, onde cumprirá pena de 17 anos e 9 meses por tráfico de drogas. As informações são do jornal Folha de S.Paulo e do Depen (Departamento Penitenciário Nacional).

Apontado pela polícia paraguaia como o “rei da fronteira”, ele acabou de cumprir pena de oito anos de prisão em Assunção por lavagem de dinheiro, associação criminosa e violação das leis de armas do país.

Pavão será levado a Brasília para ser apresentado ao STF (Supremo Tribunal Federal). Só depois será decidido onde o traficante cumprirá pena. Antes de fugir para o Paraguai, ele estava preso em um presídio federal de Santa Catarina.

A operação de extradição envolveu dezenas de veículos blindados do Exército e centenas de policiais porque o governo paraguaio temia que houvesse uma tentativa de resgate.

Ele foi entregue oficialmente por membros paraguaios da Interpol (a polícia internacional) para quatro agentes da PF (Polícia Federal). Foi levado de helicóptero até o Grupo Aerotático da Força Aérea, no aeroporto de Assunção, enquanto três caravanas seguiam por terra em diferentes percursos para despistar. Pavão decolou em um avião da PF às 9h30min (horário de Brasília).

O Depen informou na tarde desta quinta-feira (28) que o traficante brasileiro já se encontrava no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Ele deu entrada às 17h (horário de Brasília).

Pavão foi preso em 27 de dezembro de 2009 pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), do Ministério da Justiça, em uma fazenda na localidade de Yby Yaú, em Concepción, fronteira com o Mato Grosso do Sul. Com ele foi preso Carlos Antonio Caballero, o Capilo, líder de uma das células do Primeiro Comando da Capital (PCC) na região. Além do envolvimento com facções no Rio Grande do Sul, o criminoso também era conhecido como “barão da droga” em Santa Catarina.

Em 2 de maio de 2014, Pavão foi condenado a uma pena de oito anos de prisão no Paraguai, pelos crimes de lavagem de dinheiro, violação à lei de armas e associação para o crime. Ele cumpria a pena em uma cela de luxo na Penitenciária de Tacumbú, em Assunção.

O traficante brasileiro era um dos donos de 22 aeronaves apreendidas em um hangar no aeroporto de Amambay, estado paraguaio que faz fronteira com o Brasil. Os aviões de pequeno porte eram usados para transportar carregamentos de cocaína da Bolívia e da Colômbia.

Depois de mais de sete anos na penitenciária de Tacumbú, em Assunção, foi transferido em 26 de julho de 2016 para o Agrupamento Especializado da Polícia Nacional, de onde só saiu para ser levado ao Brasil.

Também há um pedido de extradição de Pavão para os Estados Unidos, para onde ele despachou grandes quantidades de cocaína em associação com outros traficantes.

Crimes

Pavão é de Ponta Porã e se mudou para Balneário Camboriú (SC) nos anos 1990, onde passou a atuar no comércio de veículos e no tráfico. Chegou a ser preso em 1994 com 25 quilos de cocaína, mas não ficou na prisão. A condenação de quase 18 anos por tráfico se deu à revelia.

O Ministério da Justiça considera Pavão o maior narcotraficante em atividade na fronteira com o Brasil. Mesmo de dentro da prisão ele continuou operando os negócios, inclusive a execução de inimigos. Para a Senad, foi ele quem ordenou o assassinato do rival Jorge Rafaat Toumani, 56 anos, com armas de guerra.

Rafaat foi morto em meio à disputa pelo controle das drogas na fronteira. Ele caiu numa emboscada na noite do dia 15 de junho de 2016 no centro de Pedro Juan Caballero, a poucas quadras de Ponta Porã (MS).

Enquanto os 30 seguranças de Rafaat trocavam tiros com mais de 70 pistoleiros, a blindagem do jipe Hummer que ele dirigia foi transpassada pelos projéteis da metralhadora.50 instalada em um Toyota Fortuner roubado na Argentina. Rafaat foi atingido 16 vezes.

O senador Robert Acevedo sustentou por diversas vezes logo após o crime que Rafaat teria sido assassinado por estar arquitetando a extradição de Pavão, que contou com ajuda do Primeiro Comando da Capital (PCC) para eliminar o rival.

Impasse

Houve momentos de dúvidas quanto à extradição. O juiz Santaní Crescencio Ocampos Cano chegou a conceder um habeas corpus genérico que suspendia a entrega do traficante ao Brasil. O magistrado desapareceu logo depois da manobra frustrada de impedir a extradição.

Ao jornal ABC Color o ministro da Justiça, Éver Martínez, acusou o juiz de ter cobrado uma “aposentadoria antecipada”, numa referência ao suborno que teria recebido. A Corte Suprema de Justiça, que havia suspendido o habeas corpus, agora vai decidir o destino do magistrado.

tags: Brasil

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