O executivo da Odebrecht Márcio Faria relatou em depoimento que o consórcio formado pela empreiteira e pela OAS pagaram propina de R$ 90 milhões para garantir dois contratos em obras da refinaria de Abreu e Lima, em Suape (PE).
No depoimento, Faria relatou que as duas empresas pagaram propina ao ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em 2014; ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa; ao ex-deputado e ex-presidente do PP José Janene, morto em 2010; ao ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco; e a Glauco Colepicolo, gerente do empreendimento na refinaria.
Eduardo Campos
Faria relata que a propina paga a Campos foi solicitada por Aldo Guedes, que se identificou como emissário do então governador. Segundo o delator, Guedes pediu propina de 2% do valor dos contratos que representaria R$ 90 milhões.
No depoimento, Faria relatou dizer ao suposto emissário de Campos que não havia como pagar R$ 90 milhões, e disse que cada empresa do consórcio pagaria R$ 7,5 milhões.
Paulo Roberto Costa e José Janene
No depoimento, o ex-dirigente da Odebrecht também relatou pagamento de R$ 30 milhões em propina ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e ao ex-deputado federal José Janene.
Faria afirmou que a negociação sobre o valor do pagamento aos dois foi “muito difícil” porque eles queriam “valores excessivos”.
Pedro Barusco
Ainda de acordo com Márcio Faria, houve pagamento de R$ 30 milhões ao então gerente da Diretoria de Serviços da Petrobras Pedro Barusco.
(AG)
