Uma pediatra alegou razões políticas para deixar de atender a uma criança. Ela discorda da posição da mãe do paciente, que é petista.
No dia 17, um dia após divulgação da gravação da conversa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff, a médica Maria Dolores Bressan mandou uma mensagem para Ariane Leitão, dizendo que estava “declinando, em caráter irrevogável, da condição de pediatra” da criança.
Ariane é suplente de vereadora em Porto Alegre pelo PT e foi secretária estadual de Políticas Públicas para Mulheres na gestão do ex-governador petista Tarso Genro (2011-2014). A médica acompanhava o bebê desde o primeiro mês de vida da criança, em consultas feitas por meio de um plano de saúde.
A pediatra disse em mensagem que, “depois de todos os acontecimentos da semana e culminando com o de ontem (16), onde houve escárnio e deboche do Lula ao vivo e a cores, para todos verem (representante maior do teu partido), eu estou sem a mínima condição de ser pediatra do teu filho”.
“Ela não quer mais ser pediatra do meu filho porque sou filiada ao PT. Isso é uma discriminação proibitiva. O direito do meu filho foi violado”, diz a mãe, que acionou o conselho regional.
Se a sindicância concluir que houve falta de ética por parte da médica, um processo será aberto. A médica pode receber uma advertência, ser suspensa por 30 dias ou ter seu exercício profissional cassado. O processo pode, ainda, ser arquivado. (Folhapress)
