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Por Redação O Sul | 26 de junho de 2019
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o preço cobrado pelo gás natural no Brasil encarece os custos de produção, tornando a indústria brasileira “economicamente inviável”. A declaração do ministro foi concedida na reunião da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (26), onde apresentou detalhes da nova proposta do governo para o mercado de gás.
Para o ministro, o melhor aproveitamento do composto derivado de combustíveis fósseis resultaria em significativo barateamento da energia, beneficiando tanto os consumidores industriais quanto os residenciais. “Estamos procurando melhorar isso com o novo modelo para o mercado de gás”, disse Albuquerque.
O Conselho Nacional de Políticas Energéticas havia publicado, nessa terça-feira (25), em edição extra do Diário Oficial da União, as novas diretrizes políticas para o setor energético. As medidas visam promover maior concorrência por meio da abertura do mercado de gás natural.
A principal meta do novo modelo concorrencial, no entanto, é baratear o preço do produto por meio da ampliação da concorrência, evitando a formação de monopólios. Durante sua fala na Comissão, o ministro lembrou que o gás natural brasileiro é um dos mais caros entre os países do chamado G20 – grupo formado pelas 19 maiores economias mundiais mais a União Europeia.
“A produção de gás precisa de infraestrutura”, disse o ministro ao apontar algumas das causas do elevado preço do produto. “Por isso precisamos aperfeiçoar o sistema de transporte e estimular a competição. Porque, hoje em dia, não há competição. Só há um fornecedor, praticamente um produtor. E sabemos que, sem mercado, não há competição nem redução de custos”, acrescentou o ministro, enfatizando que entre 30% e 50% da energia usada pela indústria brasileira provêm do gás natural.