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Notícias Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira indicou R$ 33 milhões do orçamento secreto para kits de robótica investigados pela Polícia Federal

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Lira foi o padrinho de R$ 5,8 milhões pagos à prefeitura de Canapi - um dos alvos da operação da Polícia Federal. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A operação da Polícia Federal que investiga desvio de dinheiro público para compra de kits de robótica tem apertado o cerco contra o presidente da Câmara, Arthur Lira. Apesar de não ser alvo da investigação, foi ele quem indicou quase R$ 33 milhões em emendas de relator a nove municípios alagoanos com recursos do FNDE, em 2021. Arthur Lira foi o padrinho de R$ 5,8 milhões pagos à prefeitura de Canapi – um dos alvos da operação da Polícia Federal. Um dos alvos da apuração é Luciano Ferreira Cavalcante, ex-assessor de Lira.

Segundo as investigações, Lira teria indicado para nove dos 43 municípios de Alagoas que receberam os equipamentos de robótica. Conforme os dados, uma empresa forneceu os kits a instituições de ensino que não tinham infraestrutura básica, como água encanada ou computadores. A apuração aponta que a licitação foi direcionada para uma só empresa, a Megalic, que é do pai de um vereador de Maceió e aliado de Arthur Lira.

Ainda no ano passado, o Tribunal de Contas da União suspendeu os contratos e repasses dos valores pra compra de kits. As cidades de União dos Palmares e Atalaia nem chegaram a receber os recursos – também indicados pelo presidente da Câmara. Lira indicou o pagamento de mais de R$ 9 milhões à União dos Palmares.

Irritação

Aliados do presidente da Câmara dizem, nos bastidores, que ele se irritou com a operação e tem dito que as denúncias partiram de inimigos políticos. Lira, no entanto, ainda concentra muito poder como presidente da Câmara e não tem baixado a guarda. No Palácio do Planalto, a avaliação é se afastar das denúncias, mas sem bater de frente com Lira, que tem a pauta da casa nas mãos.

Para o cientista político Alexandre Bandeira, as denúncias fragilizam Lira que perdeu poder após deixar de ter controle sobre o orçamento secreto. Nem o Congresso nem o Planalto, entretanto. devem bater de frente com presidente da Câmara neste momento.

Além das emendas do orçamento secreto, a Polícia Federal encontrou outras ligações com Arthur Lira. Segundo o jornal Folha de São Paulo, na campanha eleitoral, ele usou um carro que foi flagrado pela PF em uma entrega de dinheiro usado pra compra dos kits. Lira tem negado qualquer ligação com os fatos e que cada um, apesar de aliado, tem seu próprio CPF.

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