Sexta-feira, 14 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de novembro de 2015
Às vésperas de completar três meses de prisão, acusado de compor o esquema investigado pela Lava-Jato, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu divide uma cela no Complexo Médico Penal, na Região Metropolitana de Curitiba (PR), com o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e com o ex-deputado federal e ex-petista André Vargas, réus no mesmo caso.
Dirceu passa os dias estudando o teor dos processos que responde por organização criminosa, corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro. Segundo a investigação, ele teria sido beneficiado pelo esquema de desvio de dinheiro público operado na Diretoria de Serviços da Petrobras. Pelo esquema, o ex-ministro teria recebido mais de 11 milhões de reais em propinas disfarçadas de pagamento por falsas prestações de consultoria, além de ter despesas pessoais, como um jato particular e a reforma de sua casa, pagas pelo esquema.
Como no processo do mensalão, Dirceu trabalha ao lado do advogado Roberto Podval na formulação de sua defesa. Formado em Direito, o ex-ministro teve seu registro na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) cassado depois da prisão. Ele se queixa de não ter acesso às íntegras dos depoimentos de delação premiada que o incriminaram, e que será improvável que não acabe condenado. A expectativa da defesa é que a sentença saia entre o fim deste ano e o começo de 2016, e que Dirceu possa recorrer em liberdade. (AG)