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Por Redação O Sul | 26 de julho de 2017
O auditor da Receita Federal Eduardo Cerqueira Leite e o empresário Mário Pagnozzi foram presos preventivamente, na manhã desta quarta-feira (26), em São Paulo, durante uma nova fase da Operação Zelotes.
Eles se tornaram réus na segunda-feira (24), quando a Justiça Federal de Brasília aceitou denúncia do MP (Ministério Público). Além de Leite e Pagnozzi, mais 11 pessoas se tornaram réus investigadas pela Operação Zelotes, que apura, entre outros crimes, perdão de dívidas tributárias no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) mediante pagamento de propina.
Segundo o MP, Leite atuava no Carf em favor de empresas que pagavam propina. O advogado dele, José Roberto Coêlho Akutsu, confirmou que o seu cliente foi preso em Santo André, no ABC Paulista. Entre os novos réus da Zelotes, estão o ex-diretor jurídico do BankBoston Walcris Rosito, servidores públicos, advogados, lobistas e ex-conselheiros do Carf.
Embora o Itaú-Unibanco tenha comprado as operações do BankBoston no Brasil, os investigadores afirmam que não há nenhum executivo da instituição bancária brasileira envolvido nas irregularidades apuradas pelo MP. A denúncia abrange um período de nove anos (de 2006 a 2015), durante o qual funcionou o esquema, cujos protagonistas, conforme o Ministério Público, eram o auditor da Receita Federal em São Paulo Eduardo Cerqueira Leite e o então conselheiro do Carf em Brasília José Ricardo da Silva.
De acordo com os investigadores, o grupo de consultores, advogados e lobistas teria recebido mais de R$ 25,8 milhões em vantagens indevidas para ajudar o BankBoston. As acusações contra os 11 réus envolvem crimes de corrupção, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, apropriação de dinheiro de instituição financeira e organização criminosa.
No caso do BankBoston, em dois processos a instituição conseguiu baixar sua dívida gerando um prejuízo à União de aproximadamente R$ 600 milhões. A denúncia – assinada pelos procuradores da República Hebert Mesquita e Frederico Paiva – havia sido apresentada na semana passada à Justiça Federal.
Outros investigados
A Justiça Federal de Brasília aceitou na segunda-feira denúncia do Ministério Público e tornou réus dez investigados pela Operação Zelotes, que apura, entre outros casos, perdão de dívidas tributárias no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) mediante pagamento de propina.
Entre os novos réus da Zelotes, estão o ex-diretor jurídico do Bank Boston Walcris Rosito, servidores públicos, advogados, lobistas e ex-conselheiros do Carf. Walcris Rosito disse que “ainda não teve ciência” da decisão da Justiça Federal e pedirá que seu advogado entre em contato para se manifestar sobre a aceitação da denúncia.
Embora o Itaú Unibanco tenha comprado as operações do Bank Boston no Brasil, os investigadores afirmam que não há nenhum executivo da instituição bancária brasileira envolvido nas irregularidades apuradas pelo MP. De acordo com os investigadores, o grupo de consultores, advogados e lobistas teria recebido mais de R$ 25,8 milhões em vantagens indevidas para ajudar o Bank of Boston. As acusações contra os 11 réus envolvem crimes de corrupção, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, apropriação de dinheiro de instituição financeira e organização criminosa. (AG)