Segunda-feira, 08 de dezembro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Cinema Robert Redford falou sobre medo da morte em 2018: “Em algum lugar da mente estou aterrorizado”

Compartilhe esta notícia:

Com atuações marcantes e título de galã ao longo de décadas, Robert Redford era e continuará sendo uma lenda em Hollywood. (Foto: Reprodução)

“Você pensa na morte?”, perguntou um jornalista ao ator americano Robert Redford, em 2018, sete anos antes da morte do artista na casa onde vivia, em Utah, aos 89 anos, na terça-feira (16). A resposta foi uma reflexão: “Provavelmente. Faz parte da vida e, com certeza, em algum lugar da minha mente estou aterrorizado”.

O protagonista de Golpe de Mestre falou, ainda, sobre a certeza da finitude. “É inevitável, mas posso escolher viver com medo ou continuar minha vida e rir da morte”, respondeu ao jornal El País.

Para Redford, a vida em contato com a natureza era fonte de felicidade e serenidade.Gosto do Oeste, das montanhas, escalar, caminhar, ouvir rios ou o silêncio das florestas, o céu aberto, a paisagem vasta, a ausência de poluição. Paraísos tão remotos que só vejo céu e terra. Lugares onde me sinto feliz”, afirmou, na época.

Com atuações marcantes e título de galã ao longo de décadas, Robert Redford era e continuará sendo uma lenda em Hollywood. No entanto, por trás do estrelato deslumbrante, o ator enfrentou dolorosas tragédias. Há poucos anos, por exemplo, Redford viveu a dor da perda do filho James Redford, renomado documentarista que morreu aos 58 anos, pai de dois filhos e parceiro na paixão pela ecologia.

Os desafios de Redford começaram cedo. Nascido em 18 de agosto de 1936, em Santa Mônica, Califórnia, Charles Robert Redford conviveu com doenças e tragédias familiares desde a infância.

O ator manteve uma relação distante com o pai e adotou como figura paterna seu tio David, talentoso atleta que morreu enquanto servia no Terceiro Exército do general Patton, quando Redford tinha apenas 9 anos – sua primeira grande perda.

Aos 11, foi diagnosticado com poliomielite em um caso leve, que o obrigou a permanecer acamado por semanas. Na época, ainda não havia vacina, e a doença era alarmante e traumática para a família.

“Quando tinha uns 11 anos, sofri de pólio. Foi um caso leve e escapando de um tratamento que, na época, era aterrorizante, mas demorei algumas semanas para me recuperar e, como prêmio, minha mãe me levou para fora de Los Angeles, cidade da qual nunca havia saído, para o Parque Nacional de Yosemite”, contou Redford em 2018, em entrevista ao jornal El País.

Ao completar 18 anos, Redford sofreu a morte prematura da mãe, aos 40, durante o parto de gêmeos natimortos. A perda o levou ao alcoolismo e resultou na expulsão da Universidade do Colorado.

Nesse período difícil, ele se matriculou na Academia Americana de Arte Dramática, onde se apaixonou pela atuação e, pouco depois, conheceu a jovem mórmon Lola van Wagenen, com quem se casaria em 1958.

Tragédias familiares

O casal teve seu primeiro filho, Scott, em 1959. Depois de se mudarem para Manhattan, Redford estreou na Broadway, mas a felicidade foi interrompida. Na manhã seguinte a um beijo de boa noite, Scott, de 10 semanas, foi encontrado morto, vítima de morte súbita, deixando uma marca que Redford jamais superaria completamente.

Três anos depois, nasceu o terceiro filho, James, prematuro e com problemas respiratórios. Embora tenha sobrevivido, James enfrentou problemas de saúde durante toda a vida, incluindo a remoção do cólon e dois transplantes de fígado aos 30 anos, sendo o primeiro um insucesso. Redford descreveu a busca desesperada por um órgão compatível como um período de profunda angústia familiar.

O casamento também gerou Shauna (1960), pintora, e Amy, nascida uma década depois, atriz e produtora, com participações em séries como Sex and the City, Law & Order: Criminal Intent e Os Sopranos.

Nos anos 1980, Shauna sofreu outro golpe: seu noivo, Sid Wells, foi assassinado em 1983, com um tiro na nuca a poucos metros de casa, levando a filha do ator a uma profunda depressão e quase a um acidente fatal.

A perda de James

Redford se tornou avô de sete netos, mas a morte de James, vítima de câncer, marcou seus últimos anos. James e sua esposa, Kylie, pais de Lena e Dylan, compartilharam com o pai a paixão pelo cinema e pelo ativismo ambiental.

Juntos, fundaram em 2005 o Redford Center, que produz documentários sobre meio ambiente. A experiência pessoal de James com doenças graves também inspirou sua produção audiovisual, incluindo The Kindness of Strangers (1999) e The Big Picture (2013).

Do desgosto ao amor

Redford foi casado com Lola van Wagenen por 27 anos. A separação, quase três décadas depois, foi amigável, mas afetou a família, especialmente Amy, que afirmou que o divórcio foi a pior experiência de sua vida.

Após a separação, o ator teve alguns relacionamentos passageiros, incluindo com a figurinista Kath O’Rear e a top model francesa Nathalie Naud. Em 1986, durante as filmagens de Perigosamente Juntos, surgiu a atração por Debra Winger. Um dos relacionamentos mais notórios foi com Sonia Braga, que durou sete anos.

Em 1996, Redford conheceu a pintora alemã Sibylle Szaggars no Festival Sundance. Inicialmente amigos, evoluíram para namoro e casamento em 2009. Pouco expostos, compartilhavam interesses pelo meio ambiente e pela pintura, recebendo o prestigiado Príncipe Rainiero das Artes pelo trabalho conjunto. As informações são dos jornais O Globo e La Nación.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Cinema

Câncer de pele de Bolsonaro é agressivo? Conheça características da doença
Pela primeira vez, o número de jovens obesos é maior que o de subnutridos no planeta
https://www.osul.com.br/robert-redford-falou-sobre-medo-da-morte-em-2018-em-algum-lugar-da-mente-estou-aterrorizado/ Robert Redford falou sobre medo da morte em 2018: “Em algum lugar da mente estou aterrorizado” 2025-09-17
Deixe seu comentário
Pode te interessar