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Brasil Saiba quais partidos políticos brasileiros estão na moda e não param de receber filiados

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Cenário político aponta para o avanço de legendas de perfil ideológico mais à direita. (Foto: Divulgação)

O novo cenário político do Brasil cristalizado após a eleição do presidente Jair Bolsonaro (PSL) aponta para um avanço do número de filiados a partidos de perfil ideológico mais à direita. Dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) apontam que, proporcionalmente, Novo, PSL e PRB foram os partidos que mais cresceram em número de filiados entre janeiro e abril deste ano. Já legendas maiores e mais antigas, como MDB, PSDB e PT, tiveram estagnação.

O PSL de Bolsonaro, em números absolutos, foi quem mais cresceu: em quatro meses, a sigla ganhou 31 mil novos filiados, um aumento de 13%. “A procura tem sido grande. Acredito que se deva ao fato de sermos um partido eminentemente liberal e também à imagem austera do nosso presidente [da República, Jair Bolsonaro] na condução do País”, afirmou Luciano Bivar, presidente nacional do PSL.

Ele estima que o partido deva ganhar cerca de 100 mil novos filiados até outubro deste ano e chegar forte nas eleições municipais de 2020. Proporcionalmente, o partido com maior crescimento foi o Novo, que registrou um avanço de 29%, saindo de 26,2 mil para 33,9 mil filiados. Criada em 2015, a legenda elegeu no ano passado oito deputados federais e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema.

Presidente nacional do Novo, o empresário João Amoêdo afirma que a eleição foi uma vitrine para que o partido difundisse suas ideias. E destaca que o nível de engajamento dos novos filiados, que contribuem financeiramente para a manutenção da legenda – o Novo não usa recursos do fundo partidário.

“Queremos montar uma estrutura que seja sustentável, com filiados que participem, contribuam e fiscalizem o partido”, afirmou Amoêdo. A legenda decidiu que só vai autorizar candidaturas em 2020 nas cidades em que tiver pelo menos 150 eleitores filiados. Também de perfil mais à direita e ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, o PRB foi o segundo partido que mais cresceu em números absolutos desde janeiro.

O avanço, contudo, não foi linear. Dos 17 mil novos filiados, 12 mil são do estado do Amazonas. João Carlos Mello, presidente do PRB-AM, diz que promoveu campanhas de filiação partidária para dar mais musculatura à legenda.

Professor do departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo, Bruno Speck afirma que as novas filiações a partidos como PSL e Novo podem estar ligadas ao fortalecimento de uma nova direita no país. “Esses partidos que cresceram agora formam uma direita mais ideológica. É um fenômeno novo que ainda precisa ser estudado”, disse o professor.

Grandes partidos como MDB, PT e PSDB seguem como os maiores partidos em número de filiados. Tiveram mais filiações que desfiliações desde janeiro, mas vivem um cenário de estagnação. Desde janeiro, o PSDB cresceu 0,6%, o PT avançou 0,6% e o MDB 0,1% em número de filiados. O MDB teve um saldo positivo de 3.000 novas filiações, mas sofreu baixa em estados como Paraná e Minas Gerais.

O PT, que tem 1,6 milhão de filiados, ganhou apenas 9.000 filiados. Mas o crescimento foi concentrado no Distrito Federal, de onde vieram 4.000 filiações. O PSDB cresceu em São Paulo e Rio Grande do Sul, onde foram eleitos os governadores João Doria e Eduardo Leite, ambos do partido. Por outro lado, perdeu mais filiados do que ganhou em 13 Estados.

Os partidos ameaçados pela cláusula de barreira – que prevê restrição no acesso ao fundo partidário e tempo de televisão – foram os mais atingidos com a saída de filiados. Das 16 legendas que tiveram mais desfiliações do que filiações este ano, 13 não cumpriram a cláusula de desempenho, incluindo siglas como Rede e PC do B. Partidos médios que superaram a cláusula, como PSC e Cidadania (ex-PPS), também sofreram perdas.

Apesar de simbolizar a representação dos partidos entre o eleitorado, o número de filiados é tido como um indicador questionável para mensurar o tamanho ou a capilaridade dos partidos. Isso porque, no Brasil, nem sempre há participação dos filiados nas decisões do partido. A ausência de taxas e contribuições financeiras na maioria dos partidos também é um fator que facilita a filiação.

Outra lacuna é o fato de a base de dados do TSE possuir falhas. Existem pessoas que já morreram entre os filiados considerados em situação regular, há eleitores que são registrados involuntariamente e as mudanças de município do eleitor não são levadas em consideração para regionalização das filiações.

 

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