O anúncio da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República permanece sem qualquer manifestação pública de Tarcísio de Freitas. O governador de São Paulo, que em diferentes ocasiões já declarou que apoiaria o nome escolhido por Jair Bolsonaro, não emitiu nota, comentário ou gesto de respaldo ao senador.
Na sexta-feira (5), Flávio detalhou o encontro que teve com Tarcísio no Palácio Bandeirantes, sede do governo estadual. Segundo o parlamentar, o governador demonstrou apoio à indicação feita pelo ex-presidente.
A movimentação do filho 01 do ex-presidente provocou reações imediatas entre outros nomes da oposição.
Os governadores Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, afirmaram que seguirão como pré-candidatos ao Planalto.
Em post no X (antigo Twitter), Caiado disse “caber a todos nós respeitar” a decisão de Jair Bolsonaro e afirmou “estar convicto” de que a direita derrotará Lula em 2026.
Recado
Também na sexta, Flávio enviou um recado ao mercado financeiro, após a bolsa de valores sofrer queda significativa em reação ao anúncio de sua candidatura.
“Eu sei a preferência de alguns do mercado, mas o que tenho que falar para todos é que fiquem muito tranquilos porque certamente o programa econômico que a gente vai propor para o nosso país vai ser exatamente aquilo que é melhor, não pro mercado, mas pro povo brasileiro. Com muita previsibilidade, com muita estabilidade e com pessoas muito sérias ao nosso lado no campo da política que, podem ter certeza, vão ser infinitamente melhores que um ‘Taxxad’ [Fernando Haddad] no Ministério da Economia atualmente. Então, assim, o que virá, podem ter certeza, não vai ser menos pior. Vai ser muito melhor pra economia do nosso Brasil.”
O senador afirmou ainda ter recebido do ex-presidente a missão de “dar continuidade ao projeto de nação” e que não ficará “de braços cruzados.”
“É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação. Eu não posso, e não vou, me conformar ao ver o nosso país caminhar por um tempo de instabilidade, insegurança e desânimo. Eu não vou ficar de braços cruzados enquanto vejo a esperança das famílias sendo apagada e nossa democracia sucumbindo.”
E acrescentou:“O nosso país vive dias difíceis, em que muitos se sentem abandonados, aposentados são roubados pelo próprio governo, narco-terroristas dominam cidades e exploram trabalhadores, estatais voltaram a ser saqueadas, novos impostos não param de ser criados ou aumentados, nossas crianças não têm expectativas de futuro. Ninguém aguenta mais! Mas eu creio em um Deus que não abandona nossa nação. Eu creio que Ele levanta pessoas e inicia novos tempos quando o povo clama por justiça. Eu creio que nenhum cativeiro é maior do que o poder de Deus para libertar. Eu me coloco diante de Deus e diante do Brasil para cumprir essa missão. E sei que Ele irá à frente, abrindo portas, derrubando muralhas e guiando cada passo dessa jornada. Que Deus abençoe o nosso povo! Que Deus abençoe o nosso Brasil!”. (Com informações do portal O Antagonista)
