Ícone do site Jornal O Sul

Temer diz em pronunciamento que continua no governo e vai pedir suspensão de inquérito no STF

Presidente fez novo pronunciamento neste sábado. (Foto: Divulgação)

Em pronunciamento à imprensa e à Nação neste sábado (20), o presidente Michel Temer afirmou que continua no governo e que está entrando com petição para suspender o inquérito proposto no STF (Supremo Tribunal Federal) , que segundo o presidente, é baseado em um áudio clandestino cuja autenticidade precisa ser investigada. Temer também foi duro ao falar sobre o delator Joesley Batista, a quem chamou de falastrão, e também citou perícia divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo, que indica existência de edições no áudio.

O presidente falou por 12 minutos e chamou a atenção para o fato do delator Joesley Batista ter saído do País. Conforme Temer, ele cometeu “o crime perfeito”:

“O autor está livre em Nova York. Não passou um dia na cadeia. Não foi preso, não foi julgado, não foi punido, e pelo jeito não será”, afirmou.

Temer chamou a gravação de fraudulenta e disse que ela foi manipulada e vazada por “gente ligada ao grupo empresarial”. O presidente também lembrou o caso a compra de dólares pela empresa e a venda de ações antes que  divulgação dos áudios comprometessem seu valor.

Pronunciamento do Presidente da República, Michel Temer, à imprensa. (Foto: Rogério Melo/PR)

O presidente afirmou ainda que a JBS contou com empréstimos “bilionários” do BNDES nos últimos governos, e que moralizou a instituição com a entrada da presidente Maria Sílvia, assim como teria feito ao colocar Pedro Parente na Petrobras.

Michel Temer ainda citou o que chamou de “inconsistências” nos áudios e teor das conversas, e afirmou que elas apenas provam que seu governo não atendeu aos pedidos da empresa e nem o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) decidiu a favor da empresa.

Voltando a falar de Joesley, Temer afirmou que “quebraram o Brasil e saíram limpos”. O presidente, no entanto, não viu problemas em “ter ouvido queixas” do empresário e ter encaminhado Joesley a outra pessoa para tratar do assunto.

Disse, finalmente, que nunca comprou o silêncio de ninguém, nem obstruiu a Justiça ou fez nada contra o Judiciário. Afirmou que houve falso testemunho.

Temer também afirmou que até mesmo seu vocabulário não é condizente com o divulgado, com palavras chulas que jamais diria. Haveria uma montagem para que a gravação fosse divulgada e o autor fugisse do País.

Ao final Temer chamou Joesley de “falastrão” e citou o que considera conquistas do seu governo, como recuperação do PIB, redução da inflação, saída da recessão e reformas para “modernizar” o Brasil.

Segundo Temer, quiseram não apenas macular sua reputação moral como afetar o País.

O presidente encerrou dizendo que o Brasil não sairá dos trilhos e que permanecerá no cargo. “Continuarei à frente do governo”.

Assista:

Sair da versão mobile