Por Redação O Sul | 17 de abril de 2020
Adotada por quase todos os estados brasileiros, a quarentena é a principal medida restritiva com o objetivo de combater a proliferação da transmissão do novo coronavírus. Mas o que significa na prática? É só ficar em casa? O que posso e o que não posso fazer? Até quando dura? E o comércio, funciona? Tire as suas principais dúvidas sobre a quarentena:
O que é quarentena?
Quarentena é uma medida restritiva do trânsito de pessoas em áreas públicas e privadas em busca de diminuir a disseminação do vírus. Quanto menos pessoas circulando, menos o coronavírus se espalha pela população.
No Brasil, ela está sendo estipulada por cada estado ou município individualmente, sem determinação federal. Até o meio de abril, 22 estados e o Distrito Federal estavam em quarentena.
O que fazer na quarentena?
As pessoas devem ficar em casa e só sair para trabalhar, caso forneçam algum serviço essencial, ou sob extrema necessidade, como para comprar alimentos, medicamentos ou motivos de saúde. Também é permitido andar na rua, na grande maioria das cidades não há toque de recolher, mas recomenda-se no máximo uma volta no quarteirão.
Não é permitido fazer aglomerações públicas e não há consenso sobre a prática de exercícios ao ar livre, desde que haja distanciamento social, embora a recomendação é que sejam feitos em casa. Também deve-se evitar reuniões internas, nas casas de parentes ou amigos.
Quantos dias serão de quarentena?
Depende. Como ela é estipulada por cada órgão público, varia de acordo com o planejamento e o desenvolvimento da doença em cada região. Em São Paulo, ela deverá durar pelo menos 47 dias, com possibilidade de prorrogação, enquanto no Rio de Janeiro deverá durar no mínimo 45 dias
No mundo, alguns países que devem ficar mais tempo, como Itália e França, com quarentena geral de pelo menos 57 dias.
Quando o comércio volta a funcionar?
Fora em casos de flexibilização, o comércio de produtos não essenciais deve ficar fechado até o fim da quarentena.
O que abre na quarentena?
Apenas serviços considerados essenciais por meio de decreto. A prefeitura de São Paulo listou 45 deles, como comércios de produtos essenciais (mercados e farmácias), serviços de saúde, financeiros (bancos e lotéricas), de higiene (lavanderias e serviços de limpeza), de hospedagem, oficinas, lojas para animais, entre outros.
Bares, restaurantes e padarias poderão abrir só para fazer entregas via delivery ou para retirada no local, sem permanência interna dos clientes. Lojas só podem fazer vendas remotas. Alguns estados, como Santa Catarina, no entanto, flexibilizaram a abertura de outros serviços, como escritórios de advocacia.
Comércio pode abrir na quarentena?
Depende do decreto de cada estado. Na maioria dos casos, só podem abrir os comércios que vendam os itens considerados essenciais: comércios de saúde, farmacêuticos, óticos, higiene, alimentos e bebidas. Ou seja, supermercados e farmácias podem ficar abertos, mas shoppings centers e lojas devem fechar se a cidade ou estado esteja em quarentena.
O Rio de Janeiro flexibilizou a quarentena em 30 municípios do interior do estado, que poderão abrir o comércio desde que evitem aglomerações internamente, medida avaliada também pelo governo de Minas Gerais.
