Quarta-feira, 12 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 13 de maio de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
As finanças do Estado andam combalidas, mas vão se intensificar as pressões de setores da administração pública em busca do que tinha restrições até agora. Os pedidos tornam-se muito mais insistentes. É um vício arraigado, havendo ou não dinheiro. Viagens, diárias e outros benefícios que foram represados tendem a ser atendidos com a aproximação da campanha eleitoral. Foi prática de governos anteriores. Continuará assim.
O que falta
Se o atual governo quiser contrariar o costume de gastar mais em ano de eleições, precisará tornar transparente a planilha de determinadas despesas. Não adianta dizer que as informações estão disponíveis na internet. As dificuldades de acesso são tantas que os interessados desistem antes de chegar à metade da busca.
Varredura sem precedentes
Recorde mundial da desconfiança: a direção da Petrobras pede devassa no patrimônio de 62 mil funcionários.
Zona de risco
O expediente no Ministério da Fazenda tem ido além do normal para compor um esquema de prevenção. Os engasgos na economia mundial são cada vez mais frequentes, pondo em risco o plano de reaquecimento projetado por Henrique Meirelles.
Constatação
Entra governo, sai governo, os vícios se repetem e poucos percebem que o populismo sai muito caro.
Altos e baixos
Ontem, completaram-se dois anos da posse do presidente Michel Temer, que obteve bons resultados na economia, mas patinou na política. Para lembrar: até dezembro de 2016, teve seis baixas no quadro de ministros, dando a média de um afastamento por mês. Todas decorrentes de denúncias de desvios éticos ou de corrupção.
Não tem mais o que fazer
O Senado tem como predileção prolongar debates. Segue promovendo audiências sobre a criação do Ministério da Segurança Pública. Isoladas na Ilha da Fantasia, Sua Excelências avaliam se a iniciativa esvazia ou não o Ministério da Justiça.
Esgotam-se as forças
O Cpers dá a impressão de ter desistido da pressão salarial, depois de que a Secretaria da Fazenda demonstrou não ter condições de atender às reivindicações da categoria. As preocupações da entidade sindical estão mais voltadas à análise de currículos e campanhas em defesa do petróleo e questões de gênero e diversidade.
Carreira de extremos
Celso Amorim, ministro de Relações Exteriores nos governos de Itamar Franco e Lula, é cogitado para ser vice na chapa do PT à Presidência da República. Seu currículo tem fatos curiosos: 1) Fez a edição do filme “Os Cafajestes”, dirigido por Ruy Guerra; 2) Perdeu o cargo de diretor da Embrafilme, após liberar o financiamento de “Pra Frente Brasil”, que mostra cenas de tortura de presos políticos no regime militar; 3) Foi conselheiro de Fernando Henrique Cardoso.
Para se perpetuar
Os venezuelanos irão às urnas no próximo domingo. A eleição, inicialmente marcada para 22 de abril, foi adiada. Nicolás Maduro fará tudo para permanecer no poder, que assumiu em março de 2013. Se depender da comissão organizadora, que pode ser chamada de manipuladora, já ganhou. Equivalerá a uma senha para que mais famílias busquem refúgio no Brasil, escapando da fome.
Ficou sozinha
A 13 de maio de 2008, Marina Silva anunciou sua saída do Ministério do Meio Ambiente. O motivo foi a sucessão de choques com integrantes do governo, entre os quais a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Sem o respaldo do presidente Lula, abandonou o cargo.
Radiografia
Não há país que sobreviva sem coragem e com hipocrisia.
Em queda
A qualidade de eleitos, no Brasil e mundo afora, comprova que é verdadeiro o ditado: de erro em erro se assume o poder.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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