Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de junho de 2017
Governadores, prefeituras e empresários norte-americanos, estupefatos com a decisão do presidente Donald Trump de rasgar o Acordo de Paris, anunciaram que assumirão a luta contra as mudanças climáticas e que farão o possível para reduzir as emissões.
Grupo capitaneado pelo ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg já reúne 30 prefeitos, três governadores, 80 reitores de universidades e mais de 100 empresas. Uma maioria de americanos em cada estado – 69% dos eleitores – acha que os Estados Unidos deveriam participar do acordo, segundo pesquisa recente do programa de mudanças climáticas da Universidade de Yale.
O país só perde para a China em volume de gases do efeito estufa jogados na atmosfera, e a saída do pacto tornará difícil evitar que o planeta esquente até dois graus este século.
Pequenos protestos foram feitos na frente da Casa Branca, em Washington, e na frente da Trump Tower, em Nova York. Lá, o ex-prefeito Michael Bloomberg, oitavo homem mais rico do mundo e representante da ONU para Mudanças Climáticas, prometeu 15 milhões de dólares para apoiar os esforços da organização na luta contra o aquecimento global. Esse é o mesmo valor que a ONU deixará de receber de Washington.
Bloomberg foi a Paris e, ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, garantiu que as cidades, empresas e cidadãos do seu país “cumprirão” os compromissos sobre o clima. “Não permitiremos que Washington se interponha no nosso caminho”, declarou Bloomberg, após um encontro com Macron e a prefeita de Paris, Anne Hidalgo.
Aliado de primeira hora de Trump, o presidente russo, Vladimir Putin, pediu que todo o mundo trabalhe com Washington pelo clima e disse que não julga seu parceiro por ter decidido retirar seu país do Acordo de Paris. “Eu não julgaria Obama, perdão, quero dizer Trump, pela decisão que tomou”, afirmou. (AD)