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Por Redação O Sul | 8 de março de 2017
O Wikileaks revelou na terça-feira (07) que obteve milhares de documentos que detalham um sofisticado arsenal tecnológico desenvolvido pela CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA) para espionar smartphones, computadores e até mesmo televisões.
Segundo o site, alguns dos programas, que incluem malwares, vírus e cavalos de troia, são capazes até mesmo de contornar a criptografia de aplicativos de mensagens populares como o Whatsapp e o Telegram.
O site afirma que disponibilizou 8.761 documentos e arquivos que descrevem esse arsenal, que teria sido desenvolvido em uma unidade de alta segurança isolada e situada dentro do Centro de Ciberinteligência da CIA, em Langley, no Estado da Virgínia. O Wikileaks disse ainda que esses documentos consistem em apenas uma parte do que foi obtido.
O site não informou quem forneceu o material. Disse apenas que os programas estavam circulando de uma forma “não autorizada” entre funcionários e hackers que trabalham para o governo e que um deles enviou o material para o Wikileaks.
Essa fonte afirmou que fez isso para iniciar uma discussão sobre se “as capacidades da CIA ultrapassam seus poderes” e o “problema de fiscalização da agência por parte do público”. A fonte disse ainda que o debate deve girar em torno de “segurança, criação, uso, proliferação e controle democrático de ciberarmas”.
Os documentos divulgados pela plataforma foram criados entre 2013 e 2016. O Wikileaks descreveu a divulgação como o maior ato de “publicação de documentos confidenciais da agência”. Segundo o jornal The New York Times, um ex-agente da CIA disse que uma breve análise dos documentos sugere que eles são genuínos.
No passado, o Wikileaks foi acusado de divulgar documentos sem critérios, algo que colocou agentes e funcionários dos EUA em risco. Desta vez, o site afirma ter tomado medidas para ocultar os nomes de pessoas envolvidas com o programa da CIA.