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Mundo A Coreia do Sul encerrou um tratado com o Japão para indenizar escravas sexuais

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Japoneses com "mulheres conforto" chinesas e coreanas. (Foto: Reprodução)

O governo da Coreia do Sul anunciou nesta quarta-feira (21), que vai dissolver a fundação criada em parceria com o Japão para compensar mulheres sul-coreanas que foram forçadas a servir como escravas sexuais ao exército japonês durante a 2.ª Guerra Mundial. Ambos os países assinaram um tratado bilateral em 2015 para resolver esse impasse que durava décadas.

A comunicado foi emitido pelo Ministério de Igualdade de Gênero e Família da Coreia do Sul. Desde que foi lançada oficialmente, em julho de 2016, a fundação recebeu do governo japonês um aporte de um bilhão de ienes (cerca de US$ 8,8 milhões de dólares).

A decisão da Coreia do Sul ameaça o bom relacionamento diplomático entre os dois governos. Primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe reprovou a decisão. “Se compromissos internacionais forem quebrados, torna-se impossível criar laços entre países. Como membro da comunidade internacional, urgimos o governo sul-coreano a agir com responsabilidade”, afirmou. O ministro japonês de Relações Exteriores, Taro Kono afirmou que o fim do acordo é “inaceitável”.

Os abusos

Segundo vários historiadores, 200.000 mulheres, principalmente coreanas, mas também chinesas, indonésias e de outras nacionalidades, foram submetidas à escravidão sexual pelo Exército japonês. Na Coreia do Sul restam 46 sobreviventes.

A posição do Japão, que ocupou a Coreia de 1910 a 1945, era, até 2015, considerar que esta questão havia sido resolvida em 1965, em favor do acordo que restabeleceu as relações diplomáticas entre Tóquio e Seul.

O Japão emitiu uma declaração em 1993 expressando suas “sinceras desculpas e arrependimento” às mulheres que sofreram “uma dor imensurável, incurável do ponto de vista físico e psicológico pelos ferimentos depois de terem sido usadas como ‘mulheres de conforto'”.

Desde que ambos os países normalizaram suas relações, em 1965, o Japão entregou cerca de 800 milhões de dólares em subsídios ou empréstimos a sua antiga colônia. Contudo, esse montante foi financiado por fundos privados e não pelo governo japonês.

Desta forma, Seul continuou a exigir que o Japão formulasse uma nova declaração para pedir perdão às mulheres escravizadas nos prostíbulos do Exército imperial e que indenizasse as sobreviventes.

À época do anúncio do acordo, o então ministro japonês das Relações Exteriores, Fumio Kishida, afirmou que “o sistema das ‘mulheres conforto’ existiu em razão do envolvimento do Exército japonês e o governo japonês é plenamente consciente de sua responsabilidade”, após as discussões com seu colega na época, o sul-coreano Yun Byung-Se. “O acordo será definitivo e irreversível se o Japão assumir suas responsabilidades”, declarou o ministro Yun Byung-Se à imprensa na ocasião.

O primeiro-ministro japonês também expressou suas “sinceras desculpas e seu pesar” às vítimas, segundo disse naqueles dias Kishida.

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