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Brasil A demissão do presidente da Petrobras intensificou a pressão do Congresso sobre o governo para mudanças na política de preços dos combustíveis

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Desde junho do ano passado, os reajustes dos preços dos combustíveis passaram a ser mais frequentes. (Foto: Divulgação)

A demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras intensificou a pressão do Congresso sobre o governo para que a política de preços da estatal seja alterada. Os pedidos para que o Palácio do Planalto anuncie medidas capazes de barrar a volatilidade das tarifas de combustíveis nos postos ganharam força inclusive entre os partidos aliados ao presidente Michel Temer.

Parente era defensor da manutenção da política de preços da Petrobras. Desde o fim de 2016, a estatal define as tarifas dos combustíveis com base na variação do valor internacional do barril de petróleo e na cotação do dólar. Desde junho do ano passado, os reajustes passaram a ser mais frequentes, podendo ser diários.

O executivo vinha sofrendo críticas no Congresso sob a avaliação de que tinha uma visão estritamente corporativa sobre o tema, sem levar em conta fatores sociais. Após a confirmação da saída de Parente do cargo, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), afirmou que o comando da Petrobras precisa combinar três fatores: visão empresarial, sensibilidade social e responsabilidade política.

Para Eunício, cabe à agência reguladora do setor tomar medidas em relação aos preços praticados pela estatal. Ele defende que a planilha de valores da companhia seja aberta para analisar onde é possível fazer reduções. “A ANP deve ter participação mais ativa na formação dos preços dos combustíveis”, defendeu o emedebista.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que Parente tinha “credibilidade” e que a saída dele do comando da Petrobras não deve trazer mudanças na política de preços da empresa. O democrata ponderou, entretanto, que um controle dos preços precisa ser feito por iniciativa do governo, por meio de medidas tributárias.

“Não deve haver mudança, e sim o governo usar os impostos regulatórios para compensar aumento no preço do petróleo”, afirmou o deputado, ao defender que em situações de alta do petróleo o governo reduza tributos para que o preço que chega ao consumidor fique estável.

Na avaliação da líder do MDB no Senado, Simone Tebet (MS), Parente foi derrubado “por um lapso de insensibilidade”, já que se recusou a avaliar mudanças na política de preços dos combustíveis. A senadora defende que seja estabelecido um “caminho do meio” para lidar com a situação. “Nem preço subsidiado ou controlado nem essa liberdade absoluta de preço, como é hoje com o reajuste diário. A gente sabe que não haveria prejuízo nenhum para a Petrobras se fizesse uma média e um reajuste mensal”, disse.

A demissão também gerou reação de representantes da esquerda. “Não basta trocar o entreguista Pedro Parente na presidência da Petrobras. Tem de mudar sua política de preços para os combustíveis e a ofensiva privatista na empresa e na entrega do pré-sal. Tem de recuperar a Petrobras para o Brasil e para os brasileiros”, disse a senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR).

“Pedro Parente, ministro do apagão elétrico do PSDB e ministro do apagão de combustível de Temer, não aguentou a pressão. E caiu fora do governo golpista”, declarou o senador Humberto Costa (PT-PE). A presidenciável Manuela D’Ávila (PCdoB) afirmou que a “pressão popular botou Parente para fora”. “Agora é mudar esse governo para a Petrobras voltar a estar a serviço do povo”, disse.

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