Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Leandro Mazzini | 11 de janeiro de 2016
Começou a aparecer a fatura paga do apoio incondicional do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), à presidente Dilma. O Governo federal despejou dinheiro no caixa do Governo de Alagoas, comandado por Renan Filho (PMDB). Por decreto, no dia 29 de dezembro, Dilma liberou milhões de reais para duas obras importantes no Estado. Renan tem atuado como contraponto à pauta-bomba do opositor declarado de Dilma, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Adendo$
O Decreto 8.617 liberou R$ 34 milhões para construção do Viaduto PRF, na região de Maceió, e parte dos R$ 1,7 bilhão para a duplicação da BR-101 na divisa com PE.
Com dinheiro, é fácil
A mando de Dilma, o Governo tem feito afagos a Renan Filho. De passagem pelo Nordeste, o então ministro da Fazenda, Levy, elogiou Alagoas como exemplo de gestão.
Chavez da Direita
Ao melhor estilo de Hugo Chavez, o deputado Rubens Bueno (PR) segue para o sexto ano à frente da liderança do PPS na Câmara. A escolha do líder de cada partido é anual.
E a chuva cai
Além de reduzir em 90% a verba para programas de prevenção a desastres climáticos em quatro anos, como revelado pela Coluna, o Ministério da Integração reduziu drasticamente também a verba para a rubrica ‘Recuperação’ de 2011 a 2014. Caiu de R$ 439,7 milhões para R$ 174,3 milhões neste quadriênio. E as chuvas de verão estão aí.
Vespeiro em casa
A informação de que a PF teria devolvido R$ 3 milhões em sobra de Orçamento de 2015 deixou a cúpula da corporação paranaense irritada. Ao insinuar que “há problema de gestão”, o ministro da Justiça, José Cardozo, mexeu num vespeiro com vara curta.
Desembarque
O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, já está limpando as gavetas e preparando o desembarque do governo. Entidades de servidores do órgão comemoram. Pediram a cabeça de Adams à época da atrapalhada operação do governo para ‘descredibilizar’ o TCU às vésperas do julgamento das contas da presidente Dilma.
Azedou
Transcorria bem o clima do papo da presidente Dilma com jornalistas, no tradicional encontrão anual, quando ela azedou o café ao citar que vai insistir na volta da CPMF. Isso tudo com a base esfacelada e o processo de impeachment na porta.
Dilmistas x Lulistas
Permanece o clima de rinha na relação entre o PT e integrantes da cúpula do Governo. Nem a ida do ex-presidente Lula a Brasília amenizou a indisposição entre ministros e dirigentes da legenda. Um líder petista, com ar de preocupação, antevê o impacto da troca de farpas nas urnas.
Cunha x Picciani
A contragosto e por ordem do presidente do STF Ricardo Lewandowski, Eduardo Cunha deu posse ao aliado do líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), o vereador carioca Átila Nunes (PMDB-RJ). Uma jogada do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), que nomeou o deputado federal Ezequiel Teixeira (PMB-RJ) secretário de Assistência Social do Estado, e garantiu a Nunes a cadeira na Câmara.
Chá de cadeira
Apesar da agenda vazia, o presidente da Câmara deu um “chá de cadeira” de mais de duas horas ao suplente Átila Nunes. O agora deputado, aliado de Picciani, disse não ter opinião formada sobre o impeachment da presidente Dilma.
Ponto Final
Três ministros Lulistas estão à porta do gabinete da presidente Dilma: Ricardo Berzoini (Governo), Jaques Wagner (Casa Civil) e Edinho Silva (Secom).
Com Equipe DF, SP e Nordeste
Voltar Todas de Leandro Mazzini