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Brasil A Polícia Federal fez buscas no Congresso Nacional

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Os agentes da PF buscaram documentos e arquivos digitais no Senado e na Câmara dos Deputados. (Foto: Pillar Pedreira/Agência Senado)

A PF (Polícia Federal) fez buscas, na manhã desta quinta-feira (19), no gabinete do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado. Também foi alvo da ação o filho do senador, o deputado Fernando Bezerra Filho (DEM-PE).

No total, foram cumpridos 52 mandados de busca e apreensão, todos autorizados pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Os agentes da PF buscaram documentos e arquivos digitais no gabinete do senador, na Câmara dos Deputados, e também em cidades como Recife e Petrolina, em Pernambuco, e João Pessoa, na Paraíba.

Também houve buscas nas casas do senador e do deputado em Brasília. Em nota, a defesa do senador afirmou que a operação da PF foi motivada pela “atuação política e combativa do senador contra determinados interesses dos órgãos de persecução penal”.

Investigações

A operação, chamada Desintegração, se baseia em delações premiadas de outra operação, a Turbulência, deflagrada em junho de 2016. Um dos delatores é o empresário João Lyra, apontado em investigações como operador financeiro de supostos esquemas criminosos em Pernambuco.

As denúncias apontam irregularidades em obras no Nordeste, como a transposição do Rio São Francisco, no período em que Bezerra foi ministro da Integração Nacional, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

De acordo com a PF, a Desintegração investiga um esquema criminoso de pagamento de propina por parte de empreiteiras para autoridades públicas. Os pagamentos teriam sido feitos entre 2012 e 2014. Ainda segundo a polícia, dívidas pessoais de autoridades, principalmente relativas a campanhas eleitorais, foram pagas pelas empresas investigadas.

Na decisão judicial que autorizou a operação, a PF aponta suspeita de que Fernando Bezerra Coelho e o filho receberam juntos R$ 5,538 milhões em propinas de empreiteiras. Os delatores disseram que faziam empréstimos aos dois políticos, mas que quem quitava as dívidas eram as construtoras, como uma contrapartida para serem beneficiadas em obras sob influência do deputado e do senador.

Defesa

Por meio de nota, o advogado do senador Bezerra Coelho, André Callegari, afirmou que as medidas se referem a “fatos pretéritos”. “Causa estranheza à defesa do senador Fernando Bezerra Coelho que medidas cautelares sejam decretadas em razão de fatos pretéritos que não guardam qualquer razão de contemporaneidade com o objeto da investigação. A única justificativa do pedido seria em razão da atuação política e combativa do senador contra determinados interesses dos órgãos de persecução penal”, afirmou a defesa.

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