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Por Redação O Sul | 15 de maio de 2018
A PF (Polícia Federal) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (15), a Operação Efeito Colateral II, que investiga o desvio de recursos públicos do SUS (Sistema Único de Saúde) em Passo Fundo, na Região Norte do Rio Grande do Sul. O dinheiro era repassado ao Hospital São Vicente de Paulo para ser aplicado no setor de oncologia da instituição de saúde. Os valores inicialmente investigados superam R$ 1,2 milhão.
Cerca de 40 policiais federais cumpriram dez mandados de busca e apreensão no município. As investigações iniciaram em setembro de 2017 para apurar a legalidade de repasses de recursos do Hospital São Vicente de Paulo para uma empresa médica ambulatorial, localizada na cidade. Ao todo, seis pessoas são investigadas, entre elas médicos e empresários.
Nota
A instituição de saúde divulgou uma nota sobre a operação da PF. “O Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo, diante da Operação Efeito Colateral II, realizada pela Polícia Federal nesta terça-feira, 15 de maio, mantém seu posicionamento de colaborar com a autoridade para que seja amplamente esclarecida a situação”, diz o texto.
Produtos hospitalares
Também nesta terça-feira, a PF deflagrou a Operação Asclépio, com o objetivo de investigar um suposto esquema de cobrança de vantagens indevidas e fraude em procedimentos licitatórios para a aquisição de produtos hospitalares no Rio de Janeiro. O esquema abrangia profissionais de um hospital pertencente a uma organização militar.
Cerca de 30 policiais federais cumpriram oito mandados de busca e apreensão expedidos pela 5ª Vara Federal Criminal do RJ na capital fluminense. A Operação Asclépio contou com o apoio do Ministério Público Federal e da Marinha do Brasil.
As investigações apontaram que médicos do nosocômio cobraram vantagens indevidas para a aquisição de materiais cirúrgicos de firmas específicas. Também teriam buscado influenciar a elaboração de editais, visando direcionar licitações para empresas previamente contatadas e integrantes do esquema criminoso.
Foi identificada também a cobrança de uma porcentagem sobre o valor de faturas emitidas em favor de estabelecimentos médicos como contrapartida para a liberação do pagamento. São investigados os crimes de corrupção, fraude à licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro.