Colunistas Anulada portaria da reserva indígena do Mato Preto

Deputado federal Luiz Carlos Heinze (PP) anunciou notícia sobre reserva indígena. (Foto: Jackson Ciceri/ o Sul)

Flavio Pereira

Em meio ao processo de votação da proposta de reforma política pela Câmara, o deputado federal gaúcho Luiz Carlos Heinze (PP) pediu um espaço ao presidente Eduardo Cunha (PMDB) para anunciar, “em primeira mão”, a notícia: “A Justiça Federal, depois de uma luta de mais de dez anos, acaba de anular a portaria do Ministério da Justiça que declarava como terra indígena 4.230 hectares localizados nos municípios de Erechim, Getúlio Vargas e Erebango – no local denominado como Mato Preto. Em nome do Leandro Granella, ex-presidente do Sindicato Rural de Getúlio Vargas, e da Marines Rosa Ronsoni, suplente de vereadora de Erechim, meus cumprimentos a todos por essa grande vitória, que representa a luta de mais de 300 famílias de pequenos produtores rurais que estavam na iminência de perderem suas terras”.

Antropóloga “agiu sob efeito de alucinógeno” no Mato Preto

Em seguida, outro gaúcho, Alceu Moreira (PMDB), usou o microfone para saudar a decisão e criticar “a vigarice de um laudo que infernizou a vida de pequenos agricultores”. Disse que “demarcação do Mato Preto é emblemática no País devido às fraudes detectadas na elaboração do laudo antropológico da Funai. A antropóloga responsável redigiu o laudo, conforme o procurador Rodinei Candeia, sob efeito de chá alucinógeno, alegando que teve uma visão sobre qual área devia ser demarcada”. Foram 4.230 hectares e 365 famílias de pequenos produtores que recuperaram a propriedade das suas terras.

Protagonismo dos governadores

Senador e ex-governador do Distrito Federal, Cristóvam Buarque (PDT) lamentou ontem, na tribuna do Senado, que os governadores brasileiros, na atual conjuntura nacional, “não tenham assumido o protagonismo que deles seria de se esperar”. Ele admitiu que o Senado também precisa exercer um papel mais relevante, mas sublinhou que esperava dos governadores uma presença mais relevante.

Lasier quer protagonismo do Senado

Nesta linha, o senador gaúcho Lasier Martins propõe que a Agenda Brasil, cujo plano de trabalho foi apresentado ontem, seja discutida ponto a ponto. “Diante da falta de liderança do Planalto e fragilidade das contas, o Senado que assuma sua responsabilidade com a República ao trabalhar a pauta da Agenda Brasil – que vê como chance rara para aprovação de uma gama de reformas no Parlamento. Defendeu que o Senado tome a linha de frente no corte de custos. Lasier é enfático: “Se falta coragem ao Executivo para diminuir o número de ministérios, esta qualidade deve partir desta Casa”.

Hora do desembarque?

Pelo menos dois deputados da bancada do PP, preocupados com a falta de um projeto definido para defenderem, têm sugerido a possibilidade de o partido desembarcar do governo Sartori, aproveitando a perspectiva da bancada não votar com o governo o projeto de aumento das alíquotas do ICMS no final do mês.

Violência e parcelamento

Ao anunciar ontem o início das obras do projeto de revitalização da orla do Guaíba, o prefeito de Porto Alegre foi enfático ao garantir que existe um nexo entre o atraso nos salários dos policiais e servidores da segurança pública e o aumento da criminalidade.

Bancada em Brasília

Coordenador da bancada gaúcha em Brasília, o deputado federal Giovani Cherini (PDT) informou à tarde, a esta coluna, que “o Secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, delegado federal Vantuir Jacini, confirmou sua presença no nosso próximo encontro, dia 16”. Cherini está dialogando com o Comando do Exército para que um representante da força também compareça à reunião. O objetivo é encaminhar uma saída para que o Exército ceda efetivos para reforço das ruas em algumas cidades gaúchas.

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