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Brasil Em meio à crise, presos do Ceará foram transferidos para o Rio Grande do Norte

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Fogo em carros em Cascavel, no Ceará, em 2018. (Foto: Reprodução/Agência Brasil)

Vinte presos do Ceará foram transferidos para o presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, como medida para tentar controlar a onda de violência que atinge o estado. Um dos presos já havia sido retirado do Ceará no último domingo (6). A informação foi confirmada pelo governador Camilo Santana.

Uma onda de ataques atinge o Estado há uma semana. O chefe do executivo estadual disse também que o Estado vai endurecer as medidas contra a entrada de celulares nas unidades prisionais. A medida de transferência dos detentos já havia sido anunciada pelo governo do Estado.

Até a madrugada desta quarta-feira, foram 164 ataques confirmados em 41 dos 184 municípios cearenses. Os criminosos incendiaram ônibus, transportes escolares, prédios públicos e comércios na capital e no interior. A Secretaria da Segurança Pública do Ceará confirmou que 185 suspeitos de participação nos crimes foram detidos.

Durante a entrevista, Camilo Santana relatou que esses ataques criminosos no Ceará são uma reação a uma “ação forte que o governo está realizando dentro do sistema prisional”. Segundo o governador, os líderes de facções criminosas que estavam nos presídios do Ceará foram transferidos para unidades federais em outros estados. O Governo Federal já havia oferecido 60 vagas nos presídios que administra para receber criminosos que atuam no Ceará.

“Já foram transferidos 21 presos e nós já estamos trabalhando, inclusive, para realizar novas transferências de presos para presídios federais. Isso tem sido ações feitas pelo governo do estado e pelo sistema prisional. O trabalho é transferir presos, líderes de grupos criminosos”, afirmou.

Ações nos presídios

Segundo Camilo, o governo está mudando a política de controle e segurança nas unidades penitenciárias, principalmente para evitar a comunicação dos detentos com as ruas. O governador afirmou ainda que o maior rigor no sistema penitenciário faz parte de um plano trabalhado em três eixos na área da segurança pública, iniciado após uma crise no sistema penitenciário, em 2016.

“Dobrei o número de agentes penitenciários, e agora no fim do ano tomei a decisão de que era uma área que precisava de uma intervenção mais forte do Estado. A verdade, é que temos leis muito frouxas hoje no Brasil. Infelizmente, a polícia prende o bandido, mas ele continua a comandar o crime de dentro do presídio. O que eu estou fazendo é cumprir a lei dentro dos presídios”, disse.

Desde o início da onda de violência, 191 detentos foram autuados pelos crimes de desobediência, resistência e motim dentro das unidades prisionais do estado. Os indiciamentos ocorreram nas casas de detenções do complexo prisional de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza. Mais de 600 celulares, drogas e armas foram apreendidas nas cadeias e presídios do Estado.

Motivação dos ataques

Os atentados começaram após uma fala do novo titular da Secretaria de Administração Penitenciária do estado, Luís Mauro Albuquerque, que afirmou que iria acabar a entrada de celulares nos presídios e encerrar a divisão de presos nas detenções conforme a facção criminosa a que pertencem.

O secretário da Segurança Pública do Ceará, André Costa, afirmou que a nomeação do novo gestor das unidades prisionais motivou o início dos ataques. Em pichações em prédios públicos e residências, os criminosos pedem a saída do secretário da Segurança Penitenciária, Mauro Albuquerque. “A criminalidade já conhecia o trabalho dele”, afirmou André Costa.

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