Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 12 de novembro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A reforma política aprovada no Senado rumo à Câmara Federal não extermina os partidos “nanicos” – apenas modifica o modus operandi da venda descarada do horário eleitoral na TV. Na visão de experientes políticos, em vez do varejo, a partir de 2020 a futura federação de partidos pequenos autorizada vai continuar a negociar como um consórcio – e mais forte, pelo montante de legendas. A reforma acaba com as coligações, mas fortalece o assalto aos grandes partidos, que vão desejar a federação como aliada.
Do ninho
A reforma é “tucana” pelo fato de ter nascido no ninho do PSDB, com os senadores Aécio Neves (MG) e Ricardo Ferraço (ES), e relatoria de Aloysio Nunes Ferreira (SP).
Municipais liberadas
Na Câmara, já se inicia articulação para flexibilizar o fim das coligações e não enfraquecer nanicos; ideia é a federação valer apenas para eleição majoritária nacional.
Mais clean
Com a mais famosa e longeva operação policial-judicial do País, o termo Lava-Jato ficou pejorativo. Em Brasília, o comércio agora anuncia Estética Automotiva e Lava Car.
Para tudo
Uma movimentação atípica de seguranças e controle de trânsito foi vista há dias numa quadra de bairro nobre de Brasília. Depois se descobriu que tratava-se da comitiva da primeira-dama, Marcela Temer, que fora ao cabeleireiro horas antes de participar de uma cerimônia ao lado do marido, Michel Temer, no Palácio do Planalto.
Vai vendo
“Se você ficou abalado com a vitória de Trump, melhor Jair se acostumando com 2018.” A frase trocadilho circula nas redes sociais enquanto Jair Bolsonaro, pré-candidato do PSC ao Planalto, se compara ao americano eleito. Mas isso é um risco. Se Trump for mal no primeiro ano de governo, o efeito será imediato no perfil tupiniquim.
Aeroportos
A BH Airport, alvo de críticas da Coluna há um ano, melhorou muito a mobilidade no saguão com obras e retirada de quiosques. Já o JK de Brasília, o top no ranking da Esplanada, precisa urgente de mais pórticos antimetais no embarque. É o peso do hub.
É a crise
O PT se recusou a fretar jatinhos para Dilma Rousseff fazer palestras no Brasil. Alegou a crise. Para petistas, a crise tem nome e mora no bairro de Tristeza, em Porto Alegre.
Apetite estudantil
O que se diz no mercado é que João Carlos Di gênio deve vender a Unip para a Kroton, o gigante educacional das Américas. A Kroton assim chegaria a 1,2 milhão de alunos.
Verborragia figadal
O senador Magno Malta (PR-ES) já foi amigo de Lula e do PT, agora entrou na mira. “Eles vivem no Fantástico Mundo de Bob ou no País das Maravilhas. Tiveram 13 anos para dar um jeito nas contas e não fizeram. Se comportam como assaltante de banco que coloca o refém à frente”, disse o senador.
Mesa servida
Magno Malta tem se saído um frasista: “O PT parece coxinha de rodoviária. É perigoso. Tomaram uma sova dos pobres que tanto defendem”. Mas Malta deve gostar de perigo. Adora coxinha e um bar pé sujo após o plenário. Já foi flagrado em vários.
Sem holofotes
O senador Roberto Requião, apelidado de Tia Véia nos gabinetes do Congresso, não consegue mais chamar atenção como antes. Esperou as câmeras de TV e foto mirarem sua figura na CCJ para dar voto em separado contra a PEC do Teto de Gastos. Desistiu, cobrado pelos colegas. “Vamos sem a imprensa mesmo”, sorriu amarelo.
Ponto Final
“Tenho me orgulhado e emocionado muito nesta Primavera Estudantil. Milhares de estudantes mobilizados contra os retrocessos da PEC 55. Em 20 anos ela vai afetar tanto as universidades públicas quanto as privadas; vai levar ao fim programas como o Prouni e o Fies”.
De Carina Vitral, presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes).
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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