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Mundo Autorizadas a dirigir automóveis a partir de junho do ano que vem, as mulheres da Arábia Saudita também poderão guiar motocicletas e caminhões

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O país apresenta um dos maiores índices de desigualdade entre gêneros. (Foto: Reprodução)

As mulheres da Arábia Saudita também poderão dirigir motocicletas e caminhões a partir de junho do ano que vem, anunciou a Direção-Geral de Circulação do país árabe, quase três meses depois de uma ordem real retirar a proibição de dirigir carros.

“O grande desafio agora é adaptar as escolas de direção a todas as mulheres que querem aprender”, disseram as autoridades de Riad, ao garantirem que já estarão preparadas para quando chegar o momento de suspender o veto. Além disso, a Direção-Geral esclareceu que para dirigir motocicletas as mulheres deverão ter pelo menos 18 anos. Já para os caminhões, a idade mínima será de 20 anos.

A decisão real de setembro deste ano não só responde a anos de mobilizações e luta de ativistas pelos direitos das mulheres, mas também a motivos mais práticos e econômicos, como o fato de as mulheres já não terem que contratar um motorista particular ou depender de um familiar homem que as ajude em seus deslocamentos.

A possibilidade de dirigir também abre novas oportunidades de trabalho, embora a discriminação ainda impeça mulheres de atuarem em diversos setores e ocuparem cargos no reino ultraconservador.

Cenário

Os direitos das mulheres na Arábia Saudita são muito limitados quando comparados a outros países do Oriente Médio. De acordo com um relatório apresentado em 2013 pelo Fórum Econômico Mundial, o país árabe apresenta um dos maiores índices de desigualdade entre gêneros em todo o planeta, ocupando a 127ª posição entre um total de 136 pesquisados.

Para se ter um exemplo bem representativo do que é ser mulher mesmo em metrópoles sauditas como Riad, basta mencionar que praticamente todas as mulheres, independente de sua idade ou estado civil, são obrigadas por lei a ter um guardião civil.

Além disso, até 2017 a Arábia Saudita era o único país do mundo onde as mulheres eram proibidas de dirigir. Algumas mudanças recentes incluem a permissão da participação feminina na Assembleia Consultativa e nas eleições municipais de 2015, anunciadas em 2011 pelo rei Abdullah.

Apesar da segregação, mais mulheres já se formam em universidades do país do que os homens e, hoje, elas constituem 18,6% da força de trabalho. Cerca de 91% das mulheres são alfabetizadas, um avanço inegável nos últimos 40 anos, embora o número ainda seja inferior ao da alfabetização masculina. A média de idade das sauditas ao se casarem é de 25 anos.

Dentre os fatores que explicam a falta de direitos das mulheres no país estão os decretos do governo, uma monarquia absolutista, as interpretações Hanbali e Wahhabi do sunismo predominantes na sociedade e os costumes tradicionais da península árabe.

Para dificultar os avanços, boa parte das próprias sauditas não apoiam movimentos de cunho feminista ou a concessão de direitos para as mulheres, com base na crença de que a Arábia Saudita é o país mais próximo de “uma nação islâmica pura e ideal” e de que o feminismo é “uma ameaça importada do Ocidente”.

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