Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Bolsonaro aceita indicações do presidente do Senado para cargos no governo às vésperas de votações importantes no Parlamento

Compartilhe esta notícia:

Davi Alcolumbre está com o coronavírus. (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

O presidente Jair Bolsonaro fará a indicação de quatro nomes para o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) nos próximos dias e cedeu ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a escolha de dois dos conselheiros.

Esse movimento ocorre no momento em que o Senado assume a condução da reforma da Previdência e se prepara para a sabatina do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), indicado pelo pai para ocupar o posto de embaixador do Brasil nos EUA.

Além de um aceno para Alcolumbre, que barrou medidas importantes do governo no Senado no primeiro semestre, Bolsonaro também visa enfraquecer o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e dar um recado para a Esplanada de que está assumindo o comando do governo.

Em maio, os ministros Moro e Paulo Guedes (Economia) enviaram ao Senado duas indicações para o Cade sem consultar Bolsonaro e Alcolumbre. Guedes indicou Leonardo Bandeira Rezende, e Moro, Vinícius Klein.

A resistência do presidente do Senado em pautar a sabatina dos indicados chegou ao Planalto, que soube do risco que os apontados correriam na Comissão de Assuntos Econômicos, que faz uma espécie de entrevista antes de submeter os nomes à votação no plenário.

Bolsonaro decidiu, então, retirar a indicação e abrir diálogo com o Senado para a definição dos quatro nomes o mais rápido possível porque, neste momento, o Cade encontra-se paralisado diante da falta de quórum para os julgamentos – quatro dos sete conselheiros tiveram encerrados os mandatos de quatro anos.

Pessoas que participam desse processo afirmam que, na vaga antes patrocinada por Guedes, o mais cotado agora seria o diretor de Estudos Econômicos do Cade, Guilherme Mendes Resende. Ele colaborou com a equipe de Bolsonaro durante a campanha presidencial. Na vaga a ser indicada por Moro, Bolsonaro estaria avaliando pessoalmente um indicado de sua cota pessoal.

O presidente da República, na avaliação de técnicos do governo, quer mostrar que toma pulso da administração, especialmente nas agências reguladoras. Bolsonaro já assumiu publicamente seu descontentamento com a política de mandatos para os integrantes desses colegiados, sinalizando que prefere o aparelhamento dessas autarquias.

Ao delegar duas vagas no Cade para Alcolumbre, Bolsonaro pôs fim a uma disputa que vinha sendo travada nos bastidores entre líderes no Congresso. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), centralizava as conversas com os interessados na nomeação de conselheiros.

O interesse se explica pela importância que o Cade ganhou nos últimos anos. No órgão, tramitam, por exemplo, processos de investigação de cartel contra empreiteiras investigadas pela Operação Lava-Jato. Em casos desse tipo, uma condenação no Cade, que é um órgão administrativo, costuma influenciar a Justiça no julgamento do processo na esfera penal.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Um ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social foi denunciado sob a acusação de ocultar e destruir cadáveres no regime militar
Conselho do MP diz que cabe à PGR indicar procurador para comissão
https://www.osul.com.br/bolsonaro-aceita-indicacoes-do-presidente-do-senado-para-cargos-no-governo-as-vesperas-de-votacoes-importantes-no-parlamento/ Bolsonaro aceita indicações do presidente do Senado para cargos no governo às vésperas de votações importantes no Parlamento 2019-08-06
Deixe seu comentário
Pode te interessar