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Saúde Como lidar com as saudades, as perdas e o luto nessa época do ano sem ser oprimido pela “ditadura da felicidade”

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O pai de Luiz, Charles Madureira, agradeceu o carinho que a família vem recebendo nos últimos dias. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Com o ambiente maciçamente festivo de dezembro, é quase obrigatório estar esbanjando alegria. No entanto, as festas de fim de ano também podem significar tristeza e luto: um ente querido que se foi há pouco tempo, um casamento desfeito, a perda de um grande amor. As informações são do portal de notícias G1.

A data pode até coincidir com o aniversário de um evento especialmente triste. Ou provocar um sentimento negativo por remeter a uma época mais feliz, de família reunida – sem divórcios, brigas ou mortes. Os motivos variam, assim como o gatilho para a sensação de dor ou desconforto: montar a árvore de Natal, a decoração e as músicas natalinas, um prato de rabanadas…

Campo minado

É quase como andar em um campo minado, reconhece a psicóloga, psicanalista e especialista em gerontologia Eloisa Adler, membro do conselho consultivo pleno da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia seção Rio de Janeiro.

“Quando há uma perda, que pode ser uma separação, ou uma morte, não há como negar que as primeiras datas são muito duras, porque a pessoa ainda está tateando em busca de ressignificações na nova configuração da sua vida”.

Entretanto, ela ensina que esse luto, que não precisa necessariamente estar ligado à morte física, e sim a qualquer tipo de perda, não pode ser negado.

“A gente acompanha a cicatrização de um ferimento no corpo e sabe que ela não se dá de um dia para o outro. O mesmo se aplica a uma ferida na alma. Décadas atrás, as pessoas se vestiam de preto e se recolhiam para demonstrar que estavam vivendo o processo de luto, mas parece que roubamos esse direito dos indivíduos na sociedade contemporânea”.

Acordo com o tempo

Eloisa propõe o que chama de um “acordo com o tempo”.

“Não devemos pensar tanto no tempo do calendário, o chamado cronos. Temos que aprender a viver também o kairós, que não é a dimensão do relógio, e sim o tempo subjetivo de cada um, do inconsciente. Dessa forma, os sentimentos encontram um ambiente mais fluido e palatável de apaziguamento, de acordo com o ritmo de cada um”.

Alerta

E faz um alerta contra a “obrigatoriedade” de ser feliz, ainda mais nesta época do ano. “Essa ditadura da felicidade é nociva. Vivemos numa era na qual rejeitamos a qualquer custo o sofrimento. Quem não se encaixa no padrão acaba apelando para a farmacologia para estar ‘adequado’. É preciso repensar isso o quanto antes”, afirma Eloisa.

 

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